França investiga morte de atriz que acusou Depardieu de agressão sexual

O ator francês Gerard Depardieu foi acusado de estupro e agressão sexual supostamente cometida em 2018 contra uma atriz - (crédito: TOBIAS SCHWARZ/ AFP)

Agence France-Presse

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postado em 15/12/2023 10:18

A Justiça francesa investiga a recente morte da atriz Emmanuelle Debever, aos 60 anos, que no passado acusou o ator Gérard Depardieu de agressões sexuais, informou na noite de quarta-feira (13) o Ministério Público de Paris.

Em 29 de novembro, um homem denunciou que sua companheira, Debever, "deixou sua casa com um bilhete preocupante", segundo o MP.

O desparecimento foi relacionado a uma mulher que pulou de uma ponte no rio Sena em Paris antes de ser hospitalizada.

Segundo a imprensa, Debever morreu em 7 de dezembro. No mesmo dia, a emissora France 2 exibiu detalhes da investigação do ator, acusado de violência sexual por mais de dez mulheres.

"A imprensa tem publicado que a atriz se queixou de comportamentos inadequados de Gérard Depardieu, principalmente em uma publicação no Facebook em 2019", explicou o MP.

"Diante deste novo elemento, foi iniciada uma investigação sobre as causas da morte" e "as circunstâncias que podem tê-la provocado", acrescentou.

Em sua declaração no Facebook, Debever mencionou situações sofridas durante as filmagens de "Danton", de Andrezj Wajda, em 1982.

"Deslizando sua pata gorda por debaixo de minha saia para supostamente fazer com que me sentisse melhor e eu tentando impedi-lo", escreveu.

Vários internautas, que replicaram a publicação, mencionaram que denúncias de estupro e agressões sexuais feitas por Debever contra Depardieu foram arquivadas em 2019. O Ministério Público não confirmou essa informação.

Em dezembro de 2020, a Justiça acusou o ator, de 74 anos, por estupro e agressão sexual contra a atriz Charlotte Arnould, que denunciou dois estupros na casa do artista em Paris, em agosto de 2018.

Desde então, cerca de dez mulheres o acusaram de violência sexual na imprensa, incluindo a atriz Hélène Darras. A Justiça investiga sua denúncia apresentada em 10 de setembro por fatos que, a princípio, prescreveram.