Os Estados Unidos "condenaram firmemente", nesta quinta-feira (14), as recompensas oferecidas pela polícia de Hong Kong pela captura de cinco ativistas residentes no exterior e as qualificou de "flagrante desprezo" às normas internacionais.
"Deploramos qualquer tentativa de Pequim de aplicar extraterritorialmente a Lei de Segurança Nacional", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. O funcionário acrescentou que "as autoridades de Hong Kong não têm jurisdição dentro das fronteiras dos Estados Unidos".
A polícia da ex-colônia britânica ofereceu um total de um milhão de dólares de Hong Kong (cerca de 626 mil reais) por informações que permitam capturar cinco ativistas pró-democracia residentes no exterior acusados de crimes contra a segurança nacional.
Os cinco são acusados de incitação à secessão, incitação à subversão e conivência com forças estrangeiras, segundo Steve Li Kwai-wah, responsável do Departamento de Segurança Nacional de Hong Kong.
Os ativistas vivem fora do país desde que Pequim impôs uma lei de segurança nacional em 2020 para reprimir os dissidentes após os enormes protestos pró-democracia de 2019. Um deles, Frances Hui, obteve asilo nos Estados Unidos.
O porta-voz do Departamento de Estado também garantiu que esses "defensores da democracia e da liberdade seguirão desfrutando de suas liberdades e direitos garantidos pela Constituição" dos Estados Unidos.
"Deploramos qualquer tentativa de aplicar a Lei de Segurança Nacional extraterritorialmente e seguiremos comprometidos com a defesa das liberdades de nossos cidadãos, ao mesmo tempo em que pedimos à China que atue de acordo com seus compromissos internacionais e obrigações legais", acrescentou.
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