O Vaticano publicou uma determinação nesta terça-feira (12/12) de que uma parte das cinzas de pessoas podem ser armazenadas em locais com valor emocional, não apenas em igrejas e cemitérios, como determinado antigamente.
A decisão do Dicastério para a Doutrina da Fé ocorreu em resposta a duas perguntas do arcebispo de Bolonha, norte da Itália, Matteo Zuppi, sobre o tema da cremação dos fiéis defuntos. A segunda resposta afirma que a autoridade eclesiástica também pode considerar e avaliar o pedido dos membros da família para manter uma "parte mínima" das cinzas de uma pessoa falecida em um local significativo.
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A última orientação da Santa Sé sobre o tema foi em 2016, quando disseram que as cinzas deveriam ser mantidas em “lugares sagrados” e, portanto, “nem em casa, nem divididas entre membros da família nem espalhadas pelo vento”.
De acordo com o Vaticano, a mudança ocorre pela necessidade de "reduzir o risco de remover o falecido da memória e das orações dos parentes e da comunidade cristã" e evitar "o esquecimento e a falta de respeito", bem como "práticas inconvenientes ou supersticiosas".
A Santa Sé também disse que cinzas de diferentes pessoas podem se misturar, desde que a identidade dos falecidos seja lembrada “para não perder a memória de seus nomes.”
A Igreja Católica não tem uma posição muito definida sobre a cremação. Durante muitos anos a instituição proibiu a prática, retirada em 1963. No entanto, a Igreja ainda não vê bem a prática.
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