O governo americano aprovou em caráter "de urgência", sem passar pelo Congresso, a venda a Israel de cerca de 14.000 projéteis para tanques, usados na guerra contra o grupo islamista palestino Hamas em Gaza, informaram fontes oficiais neste sábado (9/12).
Segundo notas à imprensa divulgados pelo Departamento de Assuntos Exteriores e pelo Pentágono (da Defesa), foi autorizada a venda ao seu principal aliado no Oriente Médio de 13.981 projéteis de 120 mm, usados nos blindados de combate Merkava, que participam na ofensiva no território palestino contra o Hamas. Este material militar representa um valor de 106,5 milhões de dólares (R$ 523,46 milhões, na cotação atual).
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Na sexta-feira, o Departamento de Estado notificou o Congresso sobre o pedido, invocando uma autorização emergencial.
"O Secretário de Estado (Antony Blinken) determinou e justificou perante o Congresso que era urgente vender imediatamente este equipamento ao governo israelense (...) sem a revisão parlamentar requerida pela legislação sobre o controle das exportações de armas", informou o Departamento por meio de nota.
Na quarta-feira, o Congresso, dividido em uma Câmara de Representantes de maioria republicana e um Senado de maioria democrata, mas internamente rachada, não conseguiu avançar em um enorme pacote de ajuda destinado à Ucrânia e a Israel de mais de 106 bilhões de dólares (R$ 521 bilhões), exigido com insistência pelo presidente americano, o democrata Joe Biden.
"Os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel e é crucial para os interesses nacionais americanos ajudar Israel a desenvolver e manter uma forte capacidade de autodefesa", justificou o Departamento de Estado.
Apesar das relações diplomáticas às vezes tensas nos últimos anos, Washington é o principal aliado de Israel, e forneceu ao país 3,8 bilhões de dólares (R$ 18,67 bilhões) em ajuda militar desde 2016, durante a Presidência do também democrata Barack Obama (2009-2017).
Na tarde de sexta, os Estados Unidos vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que pedia um "cessar-fogo humanitário imediato" em Gaza, em meio aos incessantes e intensos bombardeios israelenses no território palestino.
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