O imã de uma mesquita de Madri que trabalhava como professor de árabe foi preso por supostamente recrutar jovens para a organização jihadista Estado Islâmico (EI), informou a Guarda Civil nesta quinta-feira (7).
"Trata-se de um homem de 44 anos que aproveitou a sua posição de professor para radicalizar os menores que ensinava e recrutar possíveis candidatos para o Daesh", informou a Guarda Civil em um comunicado, referindo-se à organização Estado Islâmico pela sua sigla árabe.
"O detido defendia uma visão violenta da religião para os menores" e "elogiava a figura do homem-bomba como uma figura legítima na luta contra judeus, cristãos e apóstatas", acrescentou a força policial.
A Guarda Civil iniciou a investigação no ano passado ao tomar conhecimento do trabalho do suspeito na doutrinação de menores, e a prisão ocorreu em 29 de novembro.
"Estas atividades não passaram despercebidas na comunidade onde foram realizadas e geraram um conflito" que fez com que o suspeito passasse a realizá-las com maior privacidade, explicou a Guarda Civil.
A organização Estado Islâmico viveu o seu auge em 2014, quando estabeleceu um "califado" em partes da Síria e do Iraque, que sobreviveu até sua derrota em 2019 para uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, embora desde então não tenha deixado de cometer atentados.
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