Guerra

Hamas drogou reféns para que parecessem 'felizes' ao serem soltos, diz funcionária israelense

Hagar Mizrahi, chefe de Medicina Geral no ministério, declarou perante o Parlamento israelense que calmantes foram administrados aos reféns capturados no ataque do Hamas em solo israelense em 7 de outubro

Combatentes do movimento islamista palestino Hamas drogaram reféns antes de libertá-los durante a trégua na guerra com Israel para que parecessem
Combatentes do movimento islamista palestino Hamas drogaram reféns antes de libertá-los durante a trégua na guerra com Israel para que parecessem "calmos e felizes" - (crédito: AFP)
postado em 06/12/2023 01:42 / atualizado em 06/12/2023 01:42

Combatentes do movimento islamista palestino Hamas drogaram reféns antes de libertá-los durante a trégua na guerra com Israel para que parecessem "calmos e felizes", afirmou nesta terça-feira (5) uma funcionária do Ministério da Saúde israelense.

Hagar Mizrahi, chefe de Medicina Geral no ministério, declarou perante o Parlamento israelense que calmantes foram administrados aos reféns capturados no ataque do Hamas em solo israelense em 7 de outubro.

"Deram a eles comprimidos de Clonex para que parecessem calmos e felizes antes de entregá-los" ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), disse Mizrahi à comissão de Saúde, sem especificar se baseava essa afirmação em depoimentos ou em análises de sangue realizadas nos reféns.

"Também deram a eles um pouco mais de comida pouco antes de sua libertação para que, ao sair do cativeiro, estivessem em melhor condição", acrescentou ela, que não especificou a quantos reféns se referia.

A semana de trégua permitiu a libertação de 105 reféns, incluindo 80 israelenses trocados por 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel, no âmbito de um acordo entre Israel e o Hamas, mediado principalmente pelo Catar.

Além disso, cinco reféns haviam sido libertados antes da trégua.

De acordo com o Exército israelense, 138 reféns ainda estão sob custódia em Gaza.

O ataque dos milicianos do Hamas em Israel em 7 de outubro deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas e prometeu "aniquilar" o movimento islamista, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

O governo do Hamas afirmou nesta terça-feira que 16.248 pessoas, mais de 70% das quais eram mulheres, crianças e adolescentes, morreram desde o início da ofensiva israelense no território palestino.

 

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