FRONTEIRA

Exército "intensifica" operações em fronteira próxima a Venezuela e Guiana

A tensão aumentou enquanto a Venezuela se prepara para celebrar neste domingo um referendo sobre se o país é legítimo proprietário da região de Esequibo

Guiana solicitou à CIJ a suspensão do referendo -  (crédito: Vinícius Mendonça/Ibama)
Guiana solicitou à CIJ a suspensão do referendo - (crédito: Vinícius Mendonça/Ibama)
postado em 01/12/2023 23:02

O Ministério da Defesa "intensificou" as operações na fronteira norte do Brasil, em meio a uma crescente tensão pela disputa territorial entre Venezuela e Guiana, confirmou, nesta sexta-feira (1º), a assessoria de imprensa da pasta à AFP.

A tensão aumentou enquanto a Venezuela se prepara para celebrar neste domingo um referendo sobre se o país é legítimo proprietário da região de Esequibo, rica em petróleo e que constitui mais de dois terços da vizinha Guiana.

O ministro da Defesa, José Múcio, "tem acompanhado a situação. As ações de defesa têm sido intensificadas na região da fronteira ao Norte do país, promovendo maior presença militar", afirma a nota enviada à AFP.

O máximo tribunal da ONU, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), determinou nesta sexta-feira que a Venezuela se abstenha de qualquer ação que possa "modificar a situação que prevalece atualmente no território em disputa". 

Guiana solicitou à CIJ a suspensão do referendo, alegando que supõe uma ameaça "existencial" ao país. 

A pequena nação, que conquistou a independência do Reino Unido em 1966, administra Esequibo há mais de um século. Mas o território é, há décadas, objeto de disputas com a Venezuela. 

A controvérsia aumentou após a ExxonMobil descobrir petróleo em Esequibo em 2015, o que ajudou a Guiana, onde vivem 800.000 personas, a ter a maior reserva per capita de petróleo do mundo. 

A disputa fronteiriça criou desconfortos diplomáticos para o Brasil, com fronteiras com ambos os países. 

A secretária da chancelaria brasileira para América Latina e o Caribe, Gisela Padovan, disse na quinta-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhava a situação com "preocupação". 

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