Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos identificou os restos mortais de um comandante de tanque da Segunda Guerra Mundial que foi morto em combate na Alemanha em novembro de 1944.
O tenente Gene F. Walker estava lutando contra as forças nazistas perto da fronteira entre a Alemanha e a Bélgica quando seu M4 Sherman foi atingido por um tiro antitanque.
Sua tripulação escapou da explosão, mas foi impedida de recuperar o corpo do comandante devido a intensos combates.
Quase 80 anos depois, investigadores militares dos EUA identificaram os restos mortais do militar.
O tenente Walker, natural do estado de Indiana, tinha 27 anos quando morreu. Ele fazia parte da 3ª Divisão Blindada.
Sob o comando do general Omar Bradley, a divisão estava ajudando a liderar a incursão no coração da Alemanha a partir da Bélgica.
O combatente morreu enquanto as forças dos EUA avançavam na região.
A morte foi causada pelo impacto de uma munição antitanque que atingiu seu veículo perto da cidade de Hücheln.
"O ataque causou um incêndio e acredita-se que tenha matado Walker instantaneamente", informou a Defense POW/MIA Accounting Agency (DPAA), uma organização encarregada de encontrar mortos de guerra desaparecidos.
"A tripulação sobrevivente saltou do tanque, mas quando se reagruparam mais tarde não conseguiram remover Walker do tanque devido aos intensos combates", acrescentou.
Em abril de 1945, o Departamento de Guerra dos EUA emitiu um informe sobre a morte do tenente Walker.
O jovem comandante deixou a esposa, Mary, e uma filha chamada Anne, que ele nunca conheceu. Ele ingressou no Exército em 1942, de acordo com um obituário escrito na época de sua morte.
Após o fim da guerra, o Comando Americano de Registro de Túmulos foi encarregado de recuperar os corpos de militares americanos desaparecidos na Europa.
Apesar de conduzir investigações na área de Hücheln em 1948, onde entrevistaram dois moradores locais, a agência não encontrou relatos de militares falecidos na área.
Os restos mortais do tenente Walker foram removidos de um tanque incendiado em Hücheln em dezembro de 1944. Ele foi então enterrado no Cemitério Militar dos EUA Henri-Chapelle em Hombourg, na Bélgica.
Seu nome foi gravado nas Paredes dos Desaparecidos no Cemitério Americano da Holanda.
Mas em 2021, os restos mortais foram exumados e enviados a um laboratório da DPAA para análise depois que um pesquisador encontrou evidências de que poderiam ser o tenente Walker.
"Para identificar os restos mortais de Walker, os cientistas da DPAA usaram análises antropológicas, bem como evidências circunstanciais. Além disso, os cientistas do Sistema de Examinadores Médicos das Forças Armadas usaram DNA mitocondrial (mtDNA)", afirmou a agência.
O ex-comandante de tanque será enterrado novamente em San Diego no início de 2024. Uma roseta será colocada ao lado de seu nome no Muro dos Desaparecidos, na Holanda, para indicar que ele foi encontrado.
Desde a sua formação em 1973, a DPAA foi responsável por encontrar 1.543 militares americanos desaparecidos. Porém, os números do governo indicam que mais de 72 mil soldados que lutaram na Segunda Guerra Mundial continuam desaparecidos.
Em novembro, os pesquisadores conseguiram identificar os restos mortais do segundo-tenente Gilbert Haldeen Myers, um piloto da Força Aérea do Exército dos EUA morto em 1943 quando seu bombardeiro foi abatido sobre a Sicília.