O ministro da Defesa alemão anunciou, em visita a Kiev nesta terça-feira (21), uma nova ajuda militar à Ucrânia de 1,3 bilhão de euros (cerca de US$ 1,4 bilhão, ou R$ 6,8 bilhões), em um momento em que o Ocidente tenta dar garantias de que continuará apoiando o país em guerra.
Segundo o ministro Boris Pistorius, a ajuda inclui quatro novos sistemas de defesa antiaérea Iris-T SLM e munições de artilharia, dos quais a Ucrânia necessita com urgência.
O ministro, que fez o anúncio após um encontro com seu homólogo ucraniano, Rustem Umerov, garantiu à Ucrânia a "solidariedade" de Berlim.
A Alemanha já entregou três Iris-T à Ucrânia, e um quarto está previsto para o final deste ano. Em 2024, serão entregues outros quatro sistemas.
O ministro não disse nada sobre mísseis de cruzeiro, porém, há meses solicitados pela Ucrânia para atacar posições, armazéns, centros de comando e linhas de abastecimento russos no "front".
Temendo que esse material possa ser utilizado para ataques no interior da Rússia, a Alemanha tenta ganhar tempo há meses. Kiev insiste, no entanto, em que precisa de armas de longo alcance para forçar o Exército russo a se retirar.
O ministro alemão da Defesa já havia anunciado em 12 de novembro que duplicaria, para 8 bilhões de euros (cerca US$ 8,7 bilhões, ou R$ 42 bilhões, na cotação atual), a ajuda militar à Ucrânia prevista para 2024.
Pistorius chegou hoje a Kiev para o décimo aniversário da Revolução Maidan. A ele se uniu mais tarde o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
A Ucrânia se esforça para garantir que as assistências europeia e americana continuem, enquanto algumas vozes no Ocidente pedem que esse apoio seja reduzido, após quase dois anos de guerra.
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