GUERRA

Israel diz que não cumprirá pausa humanitária aprovada pelo Conselho da ONU

Após 40 dias de negociação, Conselho de Segurança aprovou documento que pede a abertura de corredores humanitários e libertação de reféns

Nesta quarta-feira (15), após 40 dias do início da guerra na Faixa de Gaza, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução que pede cessar-fogo para ajuda humanitária na região. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, no entanto, afirmou que o país não vai cumprir a proposta. No X, ele classificou a decisão como sem sentido e desligada da realidade.

“Independentemente do que o Conselho decida, Israel continuará a agir de acordo com a lei internacional, enquanto os terroristas do Hamas nem sequer lerão a resolução, muito menos a cumprirão”, declarou Erdan. “Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e os reféns sejam devolvidos”.

A resolução proposta por Malta recebeu 12 votos favoráveis entre os 15 países do Conselho. Rússia, Estados Unidos e Reino Unido se abstiveram. O documento pede pausa e corredores humanitários por “um número suficiente de dias para permitir, de acordo com o direito internacional humanitário, acesso humanitário pleno, rápido, seguro e sem entraves para agências humanitárias das Nações Unidas e seus parceiros implementadores”. A proposta também solicita a libertação de todos os reféns pelo Hamas.

Em 18 de outubro, uma proposta do Brasil, então presidente do Conselho, foi vetada pelos Estado Unidos. O texto brasileiro pedia a criação de corredores humanitários e libertação dos reféns, bem como a revogação da ordem de evacuação dada por Israel, que fez milhares de moradores de Gaza tentarem fugir pelo sul do território.

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