Um britânico acusado de pertencer aos "Beatles", célula do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), especializado na execução de reféns ocidentais, foi condenado nesta segunda-feira (13/11) a oito anos de prisão por um tribunal de Londres, principalmente por financiar o terrorismo.
Aine Davis, de 39 anos, detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh desde a sua deportação da Turquia e posterior detenção em Londres, em agosto de 2022, se declarou culpado de financiar atividades terroristas entre 2013 e 2014 e de posse de arma de fogo para finalidades ligadas ao terrorismo durante uma audiência, em meados de outubro.
Segundo a legislação britânica, não houve julgamento para este homem, que inicialmente se declarou inocente dos fatos.
Ativos na Síria entre 2012 e 2015, os quatro membros dos "Beatles", que cresceram e se radicalizaram em Londres, são acusados de terem supervisionado a detenção de pelo menos 27 jornalistas e trabalhadores humanitários dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Japão, Nova Zelândia e Rússia.
Preso na Turquia em novembro de 2015, Aine Davis, que negou ter pertencido ao grupo "Beatles", foi condenado a sete anos e meio de prisão por crimes terroristas.
Quando foi libertado, foi deportado e preso assim que chegou em Londres, onde cresceu e se converteu ao islã antes de partir para o Oriente Médio.
Os reféns ocidentais deram o apelido de "Beatles" a este grupo de jihadistas com sotaque britânico, que ganharam notoriedade ao encenarem execuções de cativos em vídeos de propaganda.
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