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Cúpula árabe em Riad condena Israel

Países árabes convocam reunião extraordinária e pressionam comunidade internacional

Durante cúpula conjunta da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica, realizada ontem em Riad, Arábia Saudita, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, pediu aos países muçulmanos que designassem o exército israelense como "organização terrorista".

A declaração final da cúpula rejeitou as afirmações israelenses de que está agindo em "legítima defesa" e exigiu que o Conselho de Segurança da ONU adote "uma resolução decisiva e vinculante" em relação à "agressão de Israel".

Israel e Estados Unidos, seu principal aliado, rejeitaram até agora todos os apelos de um cessar-fogo em Gaza. Israel, porém, concordou em fazer pausas humanitárias diárias para permitir a fuga para o sul da Faixa, através de um corredor de evacuação.

Centenas de milhares de deslocados estão amontoados em condições desastrosas no sul do território, de apenas 362km², sem água, luz, comida e remédios, devido ao cerco imposto por Israel.

A comunidade internacional teme que o conflito se estenda para outros países da região. Nas últimas semanas, Israel enfrenta ataques em várias frentes, disse o porta-voz militar Richard Hecht, com trocas de disparos com o Hezbollah na fronteira com o Líbano, ou projéteis e drones lançados em seu território da Síria, ou pelos rebeldes huthis, do Iêmen.

Um bombardeio israelense atingiu um veículo ontem no sul do Líbano, 45 quilômetros ao norte da fronteira entre os dois países. Foi o primeiro ataque em profundidade em território libanês desde o início das hostilidades, segundo a imprensa estatal libanesa.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, acrescentou que o Líbano poderia ter o mesmo destino de Gaza se o movimento Hezbollah, aliado do Hamas, arrastar o país para a guerra. "O que podemos fazer em Gaza também podemos fazer em Beirute", ameaçou Gallant.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, revelou ontem que a formação pró-iraniana havia começado a usar novas armas em seus ataques contra Israel, incluindo mísseis que podem transportar cargas explosivas de até 500kg.

*Com informações da AFP

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