Tecnologia

Omegle, site de bate-papo por vídeo, encerra atividades após 14 anos

A plataforma, lançada em 2009, era considerada como espaço que poderia facilitar o abuso sexual. Um dos motivos do encerramento foi a dificuldade de combater o uso indevido

O Omegle, site popular de chat anônimo por vídeo, encerrou as atividades após 14 anos de existência. O anúncio foi feito pelo criador da plataforma americana, Leif K-Brooks, e publicado na quarta-feira (8/11), na página inicial da rede social. A partir desta quinta-feira (9/11), o site já está inativo. 

Fundado em 2009, no estado de Vermont, Estados Unidos, quando Leif tinha 18 anos, o chat online e gratuito tinha como slogan: “Converse com estranhos”. A plataforma permitia que os usuários não registrados, de qualquer lugar do mundo, mantivessem conversas anônimas, iniciadas de forma aleatória, por texto ou vídeo chamada. 

"Se a Internet é uma manifestação da 'aldeia global', o Omegle foi concebido para ser uma forma de passear pelas ruas daquela aldeia, puxando conversa com as pessoas que encontra pelo caminho", disse o fundador no comunicado. 

Ao longo dos anos de funcionamento, a rede social era considerada como um espaço que poderia facilitar o abuso sexual, e tinha vários processos contra pedófilos nos últimos anos. A mensagem do criador faz referência ao uso indevido da plataforma, e sobre a prática de crimes sexuais contra menores de idade.

De acordo com o comunicado, o estresse e os custos da luta para combater o uso indevido, tornaram o site insustentável financeiramente e psicologicamente.

“A batalha pelo Omegle foi perdida, mas a guerra contra a internet continua. Praticamente todos os serviços de comunicações online foram sujeitos aos mesmos tipos de ataques que o Omegle. Do fundo do coração, obrigado a todos que usam o Omegle para fins positivos e a todos que contribuíram de alguma forma para o sucesso do site. Sinto muito por não poder continuar lutando por você”, finalizou Brooks. 

Mesmo com toda polêmica, a rede social fazia muito sucesso entre os jovens. No TikTok, produtores de conteúdo postavam vídeos chamadas com “gringos”, e tornaram a hashtag #Omegle ter mais de 11 bilhões de visualizações.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

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