O primeiro-ministro de israelense, Binyamin Netanyahu, suspendeu o membro do governo que sugeriu neste domingo, 5, que lançar uma bomba nuclear em Gaza seria "uma opção" no enfrentamento aos terroristas do Hamas. A reação rápida do governo diante das críticas ao ministro do patrimônio Amichay Eliyahu parece refletir a preocupação com a pressão crescente sobre Israel contra a escalada da violência no enclave.
Amichay Eliyahu, do partido ultranacionalista Poder Judaico disse em entrevista de rádio que não estava totalmente satisfeito com a resposta israelense ao ataque terrorista do Hamas que desencadeou a guerra. O jornalista questionou se a solução seria "uma espécie de bomba nuclear" em toda a Faixa de Gaza para "matar todo mundo", ao ministro respondeu: "é uma opção".
O entrevistador então apontou que isso implicaria um alto preço para Israel e Eliyahu deu a entender que estava disposto a colocar em risco a vida dos mais de 240 reféns mantidos pelo Hamas no território. "Em uma guerra, um preço tem de ser pago. Porque é que as vidas dos reféns (...) são mais importantes do que as dos nossos soldados?", disse ele.
Netanyahu reagiu rapidamente: disse que as suas tropas atuam "de acordo com os mais elevados padrões do direito internacional, para evitar danos aos não-combatentes" e que as falas do ministro são "desconectadas da realidade". Eliyahu está suspenso das reuniões do governo "até segunda ordem".
Depois do escândalo, o ministro disse em publicação no X (antigo Twitter) que a fala sobre bomba atômica foi "metafórica" e que o Estado de Israel está empenhado a resgatar os reféns "sãos e salvos", mas insistiu que é preciso dar uma "resposta poderosa ao terrorismo".
Além da cobrança dos familiares dos reféns, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu enfrenta uma onda de protestos dentro e fora do país no momento em que o conflito na Faixa de Gaza se intensifica.
A resposta ao ataque terrorista de 7 de outubro já deixou mais de 9.700 mortos do lado palestino, incluindo 4.800 crianças, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, números ainda não verificados de forma independente. Do lado israelense, 1.400 pessoas foram mortas por terroristas do Hamas e cerca de 240 continuam reféns. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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