O porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou nesta quinta-feira (2/11) que a cidade de Gaza foi completamente cercada após os 27 dias de bombardeios no território palestino. Hagari também chamou a cidade de Gaza de "centro da organização terrorista Hamas".
Os bombardeios israelenses ocorrem após o Hamas ter prometido devolver os soldados que participam da invasão "em sacos pretos". "Gaza será uma maldição na história de Israel", disse Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedin al Qassam, o braço armado do Hamas, em uma mensagem de áudio. "Muitos de seus soldados voltarão em sacos pretos", acrescentou, dirigindo-se aos israelenses.
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Em resposta, Israel tem atacado em diversas frentes, como no fronte norte, em que o país respondeu com bombardeios a uma salva de foguetes lançada do Líbano pelo Hezbollah, outro grupo islamista aliado do Hamas.
"Nossos soldados acabaram de cercar a cidade de Gaza, o centro da organização terrorista Hamas", no poder na Faixa desde 2007, declarou Daniel Hagari.
O conflito
Israel prometeu "aniquilar" o Hamas desde a invasão de combatentes em 7 de outubro que deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis, e levou cerca de 240 reféns a Gaza, de acordo com o balanço oficial do país.
Em retaliação, Israel desencadeou uma campanha de bombardeios incessantes, reforçados por incursões terrestres desde sexta-feira passada, que, segundo o Hamas, resultaram em mais de 9 mil mortes, incluindo 3.760 crianças.
Israel também impôs um cerco quase total a esse território de 362 km² com cerca de 2,4 milhões de habitantes, que foi flexibilizado apenas nos últimos dias para permitir a entrada de suprimentos para uma população privada de água, comida, medicamentos e eletricidade.
“Inimigo brutal”
O chefe do Estado-Maior do exército israelense, o general Herzi Halevi, declarou que os soldados estavam "infiltrando-se cada vez mais profundamente" nas áreas controladas pelo Hamas no norte da Faixa de Gaza. Os militares "estão lutando cara a cara com um inimigo brutal", enfatizou.
O exército israelense informou que matou "dezenas" de forças inimigas enquanto "células terroristas (...) disparavam mísseis antitanque, detonavam artefatos explosivos e lançavam granadas".
Israel diz que suas forças atacaram mais de 12.000 alvos até o momento e que cerca de 332 soldados morreram desde 7 de outubro, sendo cerca de 20 deles desde o início das operações terrestres na sexta.
A guerra em Gaza também aumentou as tensões na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.
Três palestinos e um israelense morreram nesta quinta em vários incidentes, de acordo com o Ministério da Saúde palestino e os serviços de emergência israelenses.
*Com informações da Agence France-Presse
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