Guerra

Em acordo de trégua, Hamas liberta 24 reféns, e Israel solta 39 palestinos

Negociação durou mais de um mês e foi realizada de forma secreta, sendo intermediada pelo Catar e Estados Unidos

Prisioneiros palestinos que foram libertados das instalações militares israelenses de Ofer agitam bandeiras enquanto desfilam em Baytunia, na Cisjordânia -  (crédito: AHMAD GHARABLI/AFP)
Prisioneiros palestinos que foram libertados das instalações militares israelenses de Ofer agitam bandeiras enquanto desfilam em Baytunia, na Cisjordânia - (crédito: AHMAD GHARABLI/AFP)
postado em 24/11/2023 19:31

Após mais de um mês de negociações feitas em sigilo e intermediadas pelo Catar e Estados Unidos, o grupo Hamas libertou nesta sexta-feira (24/11) o primeiro grupo de reféns, no total de 24 pessoas — sendo 13 mulheres e crianças israelenses, 10 cidadãos tailandeses e 1 filipino. O outro lado, Israel, libertou 39 palestinos que já estavam presos antes mesmo da guerra começar e colocou em vigor a trégua de quatro dias nos bombardeios.

A informação do acordo e das libertações foi confirmada pelo Ministério de Relações Exteriores do Catar. O grupo que estava sob poder do Hamas em Gaza desde o início da guerra em 7 de outubro, quando foram sequestrados, foram liberados e entregues por membros do Hamas a agentes da ONG Cruz Vermelha, que coordenou a operação.

  • Uma captura de imagem de um vídeo divulgado pelo Gabinete de Mídia do Hamas mostra um refém acenando ao lado de membros de suas Brigadas Al-Qassam antes de ser entregue a funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza
    Uma captura de imagem de um vídeo divulgado pelo Gabinete de Mídia do Hamas mostra um refém acenando ao lado de membros de suas Brigadas Al-Qassam antes de ser entregue a funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza Alex MITA / HAMAS MEDIA OFFICE / AFP
  • Captura de imagem de um vídeo divulgado pelo Gabinete de Mídia do Hamas mostra membros de suas Brigadas Al-Qassam conduzindo reféns para funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza.
    Captura de imagem de um vídeo divulgado pelo Gabinete de Mídia do Hamas mostra membros de suas Brigadas Al-Qassam conduzindo reféns para funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza. Alex MITA / HAMAS MEDIA OFFICE / AFP
  • Hanin Barghouti, uma prisioneira palestina detida em uma prisão israelense, observa sua libertação sob um acordo de trégua entre Israel e o Hamas
    Hanin Barghouti, uma prisioneira palestina detida em uma prisão israelense, observa sua libertação sob um acordo de trégua entre Israel e o Hamas AHMAD GHARABLI/AFP

O grupo de reféns atravessaram a fronteira entre Gaza e o Egito pela cidade de Rafah. Segundo informações, ainda na parte de Gaza, palestinos aplaudiram no momento em que o grupo passou, tendo a esperança de que a devolução dos reféns significava também que a trégua estava mesmo em vigor.

Recebidos por médicos e especialistas em comunicação com reféns, em helicópteros do exército Israel, que os levaram de volta ao território israelense.

Os reféns de origem tailandesa e filipina também foram conduzidos por Israel, para receberem atendimento médico antes de voltarem para seus países de origem. Maiores detalhes sobre o estado de saúde dos reféns não foram informados.

O acordo que entrou em vigor às 7h no horário local (2h em Brasília) nesta sexta foi monitorado pelo Egito e Catar. O cessar-fogo vale no norte e no sul de Gaza e o Hamas confirmou em seu canal no Telegram que todas as hostilidades de suas forças vão cessar. Nos próximos dias, outros reféns devem ser liberados, uma vez que o acordo prevê que o Hamas solte mais de 50 reféns, em troca da trégua temporária nos ataques e a soltura de prisioneiros palestinos, que já estavam detidos antes de a guerra começar.

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