O hábito de conversar com o cachorro morto de estimação está entre uma das excentricidades do presidente eleito da Argentina, Javier Milei. Economista e adepto de um discurso ultraliberal, ele diz falar com seu cão, Conan, morto em 2017.
A relação de Milei com o mascote era tão forte que ele clonou o bicho. O futuro presidente argentino conta que tratava Canon com champanhe e que a comunicação com o espírito canino é feita por meio de uma médium.
Filhos de quatro patas
Conan era um dos quatro animais de estimação do político. Ele os chama de filhos e o nome de cada cão tem uma história, seja na política ou no cinema.
Conan, por exemplo, foi uma homenagem ao filme Conan, o Bárbaro. Já os nomes dos demais cães fazem referência a economistas que moldaram a visão de mundo liberal do argentino: Murray Rothbard, Milton Friedman e Robert Lucas.
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Alimentação de primeira
Na relação entre Milei e seus filhos de quatro patas, os esforços são direcionados aos animais. Ele já disse, por exemplo, que já sobreviveu apenas comendo pizza com o objetivo de garantir que os cães tivessem o suficiente para comer bem.
O líder argentino também já contou ter vendido uma motocicleta porque seu cão não gostava de andar sobre duas rodas.
Eleito
Javier Milei foi eleito presidente da Argentina no segundo turno da eleição disputada neste domingo (19/11). Ele vai comandar a Casa Rosada, pelo período de quatro anos, a partir de 10 de dezembro. Milei derrotou o candidato governista e ministro da Economia, Sérgio Massa.
Economista ultraliberal e antissistema, o novo presidente da Argentina defende bandeiras como o livre mercado e é um ferrenho opositor ao aborto. Milei também considera as mudanças climáticas, que assola o mundo e é um risco à humanidade e ao planeta, "uma farsa" da esquerda.
O candidato argentino também propõe o fim do Estado e se define como anarcocapitalista, uma corrente de pensamento que defende um modelo de capitalismo sem qualquer regulação do Estado.
A proposta mais conhecida usada na campanha é a de dolarizar a moeda, acabando com a desvalorização do peso. Também fez promessas de fechar o Banco Central e privatizar empresas estatais.
Além disso, durante a campanha, ele disse que permitiria a venda gratuita de armas de fogo e até órgãos humanos, propostas que foram duramente criticadas.
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