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Israel não participará da conferência sobre ajuda a Gaza

Macron conversou na última quinta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com quem concordou em falar novamente no final da conferência

Um veículo blindado do exército israelense se move ao longo de uma estrada em uma posição perto da fronteira com a Faixa de Gaza       -  (crédito: JACK GUEZ / AFP)
Um veículo blindado do exército israelense se move ao longo de uma estrada em uma posição perto da fronteira com a Faixa de Gaza - (crédito: JACK GUEZ / AFP)
postado em 08/11/2023 10:14 / atualizado em 08/11/2023 10:14

Israel não participará da "conferência humanitária" sobre ajuda a Gaza marcada para quinta-feira (9/11) em Paris, organizada pelo presidente francês Emmanuel Macron, informou seu gabinete nesta quarta-feira (8/11). 

Mas, assim como outros governos, Israel tem "interesse na melhoria da situação humanitária em Gaza", disse à imprensa um conselheiro do chefe de Estado centrista, que pediu anonimato. 

Macron conversou na última quinta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com quem concordou em falar novamente no final da conferência, acrescentou esta fonte. 

O presidente francês também conversou com seu homólogo egípcio, Abdel Fatah al Sissi, e com o emir do Catar, Tamim ben Hamad al Thani, na terça-feira, informou seu gabinete. 

Ambos os países desempenham um papel fundamental nos esforços para fornecer mais ajuda à Faixa de Gaza, bombardeada desde 7 de outubro por Israel em retaliação ao ataque deste dia por comandos do grupo islamita palestino Hamas. 

O ataque do Hamas deixou 1.400 mortos, a maioria civis, no pior ataque desde a criação de Israel, em 1948. 

No entanto, a situação em Gaza também é preocupante. Os bombardeios israelenses mataram mais de 10.000 pessoas, incluindo mais de 4.000 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. 

"Há uma emergência humanitária em Gaza, enquanto Israel mantém as suas operações antiterroristas", afirmou o conselho da Presidência francesa.

A conferência ocorre à margem do Fórum da Paz de Paris, evento anual promovido por Macron e cuja próxima edição está marcada para sexta e sábado. 

As Nações Unidas consideram que serão necessários 1,2 bilhão de dólares (5,8 bilhões de reais) em ajuda para as populações de Gaza e da Cisjordânia até o final do ano. 

Os apelos por "pausas", "tréguas" ou "cessar-fogo" aumentaram nas últimas semanas para facilitar a chegada de ajuda e a libertação dos 240 reféns detidos pelo Hamas. 

Mas Israel permanece inflexível e mantém a sua ofensiva que visa, segundo as suas autoridades, "destruir" o movimento islamita que governa Gaza desde 2007.

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