Guerra

Âncora chora ao escutar desabafo de repórter em Gaza: "Vamos todos morrer aqui"

"Nós vamos todos morrer aqui. É só uma questão de tempo", declarou Salman Al Bashir em entrada ao vivo no jornal da Palestine TV

Mohammed Abu Hatab e outras 11 pessoas da sua família, morreram em Gaza, após um bombardeio do Exército de Israel. -  (crédito: Reprodução)
Mohammed Abu Hatab e outras 11 pessoas da sua família, morreram em Gaza, após um bombardeio do Exército de Israel. - (crédito: Reprodução)
postado em 03/11/2023 23:35 / atualizado em 03/11/2023 23:44

Um repórter do canal de TV da Autoridade Palestina desabafou sobre as atuais condições de trabalho durante uma entrada ao vivo. "Nós vamos todos morrer aqui. É só uma questão de tempo", desabafou o jornalista Salman Al Bashir ao comentar sobre a morte de um colega de trabalho, em Gaza. 

“Não aguentamos mais, estamos exaustos. Somos vítimas. Somos mortos um após o outro. E ninguém se preocupa com a magnitude da catástrofe ou com o crime que sofremos em Gaza”, declarou al-Bashir durante o link ao vivo, emocionando a âncora do jornal, que desabou em lágrimas.

O jornalista Mohammed Abu Hatab e outras 11 pessoas da família morreram em Gaza, após um bombardeio do Exército de Israel. Poucas horas antes do bombardeio, o jornalista estava no hospital da região fazendo uma reportagem e logo depois, foi levado para o mesmo local, mas como vítima do conflito.

As imagens viralizaram nas redes sociais. Na gravação, o jornalista, revoltado com a situação, retira todo equipamento especial de segurança. "Não há proteção internacional, não há proteção para nada. Estes coletes e capacetes não protegem nenhum jornalista, são apenas símbolos que usamos. Somos vítimas, vítimas ao vivo no ar”.

“Estamos perdendo nossas vidas, uma após a outra, sem garantia alguma. É questão de tempo. Somos vítimas aguardando a nossa vez. Mohammad esteve aqui há meia hora [para a reportagem]. Agora, ele está morto com sua família neste mesmo hospital”, disse o jornalista. Até o momento, 31 jornalistas já foram assassinados na Palestina desde o dia 7 de outubro, quando a guerra teve início. Confira o vídeo legendado:

 

 

 

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