O exército israelense confirmou que bombardeou uma ambulância perto do Al Shifa, um dos maiores hospitais de Gaza, nesta sexta-feira (3/11). Segundo as Forças de Defesa de Israel, o ataque aéreo que atingiu o veículo mirava alvos do Hamas, que segundo eles, estaria sendo usado pelo grupo extremista para o combate, apesar de funcionários de saúde do território palestino terem assegurado que a ambulância era utilizada apenas para o transporte de feridos.
Ainda segundo o texto das forças israelenses, "alguns terroristas" teriam sido mortos no ataque. “Nós temos informações que demonstram que os métodos de operação do Hamas são de transferir terroristas e armas em ambulâncias”, afirma. “Ressaltamos que esta área é uma zona de batalha. Os civis na área são repetidamente chamados a evacuar para o sul para sua própria segurança”, completa.
De acordo com informações divulgadas pela Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS), membro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha, o veículo em questão estava retornando de uma missão para transportar feridos à fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, na cidade de Rafah, junto com outros ambulâncias.
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“Nossos colegas foram salvos por milagre”, diz postagem da organização na rede social X (antigo Twitter). Por sua vez, o movimento islamista palestino assegurou que o ataque deixou "dezenas de mortos e feridos".
Imagens da AFP mostram civis carregando feridos ensanguentados e outras pessoas estiradas no chão. Tudo indica que as pessoas foram lançadas contra os carros estacionados de um lado da estrada devido à onda de choque provocada pelo bombardeio.
Em um post na rede social X, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou estar comovido com a situação. "Totalmente comovido com os relatos de ataques a ambulâncias que evacuavam pacientes perto do hospital Al Shifa de Gaza. Insistimos: os pacientes, o pessoal de saúde, as instalações e as ambulâncias devem ser protegidas a todo momento. Sempre", declarou.
Guerra
A guerra entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro, quando células islamistas mataram mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, no sul do território israelense, e levaram mais 240 como reféns para Gaza, segundo os informes israelenses.
Os bombardeios de represália lançados desde então por Israel, reforçados com operações terrestres que começaram há uma semana, mataram mais de 9,2 mil pessoas em Gaza, entre elas mais de 3,8 mil crianças, segundo o Hamas, que governa o território palestino de 362 km² e 2,4 milhões de habitantes desde 2007.
Com informações da AFP*
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