CONFLITO

Exército de Israel anuncia que completou cerco à cidade de Gaza

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas desde a invasão de combatentes em 7 de outubro, que deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis, e levou cerca de 240 reféns a Gaza

Esta imagem obtida de uma filmagem da TV AFP mostra fogo e fumaça subindo acima da cidade de Gaza durante um ataque israelense em 27 de outubro de 2023, enquanto as batalhas entre Israel e o movimento palestino Hamas continuam.  -  (crédito:  AFP)
Esta imagem obtida de uma filmagem da TV AFP mostra fogo e fumaça subindo acima da cidade de Gaza durante um ataque israelense em 27 de outubro de 2023, enquanto as batalhas entre Israel e o movimento palestino Hamas continuam. - (crédito: AFP)
postado em 02/11/2023 22:30 / atualizado em 02/11/2023 23:41

O porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou nesta quinta-feira (2/11) que a cidade de Gaza foi completamente cercada após os 27 dias de bombardeios no território palestino. Hagari também chamou a cidade de Gaza de "centro da organização terrorista Hamas". 

Os bombardeios israelenses ocorrem após o Hamas ter prometido devolver os soldados que participam da invasão "em sacos pretos". "Gaza será uma maldição na história de Israel", disse Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedin al Qassam, o braço armado do Hamas, em uma mensagem de áudio. "Muitos de seus soldados voltarão em sacos pretos", acrescentou, dirigindo-se aos israelenses.

Em resposta, Israel tem atacado em diversas frentes, como no fronte norte, em que o país respondeu com bombardeios a uma salva de foguetes lançada do Líbano pelo Hezbollah, outro grupo islamista aliado do Hamas. 

"Nossos soldados acabaram de cercar a cidade de Gaza, o centro da organização terrorista Hamas", no poder na Faixa desde 2007, declarou Daniel Hagari.

O conflito

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas desde a invasão de combatentes em 7 de outubro que deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis, e levou cerca de 240 reféns a Gaza, de acordo com o balanço oficial do país.

Em retaliação, Israel desencadeou uma campanha de bombardeios incessantes, reforçados por incursões terrestres desde sexta-feira passada, que, segundo o Hamas, resultaram em mais de 9 mil mortes, incluindo 3.760 crianças.

Israel também impôs um cerco quase total a esse território de 362 km² com cerca de 2,4 milhões de habitantes, que foi flexibilizado apenas nos últimos dias para permitir a entrada de suprimentos para uma população privada de água, comida, medicamentos e eletricidade.

“Inimigo brutal”

O chefe do Estado-Maior do exército israelense, o general Herzi Halevi, declarou que os soldados estavam "infiltrando-se cada vez mais profundamente" nas áreas controladas pelo Hamas no norte da Faixa de Gaza. Os militares "estão lutando cara a cara com um inimigo brutal", enfatizou.

O exército israelense informou que matou "dezenas" de forças inimigas enquanto "células terroristas (...) disparavam mísseis antitanque, detonavam artefatos explosivos e lançavam granadas".

Israel diz que suas forças atacaram mais de 12.000 alvos até o momento e que cerca de 332 soldados morreram desde 7 de outubro, sendo cerca de 20 deles desde o início das operações terrestres na sexta.

A guerra em Gaza também aumentou as tensões na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

Três palestinos e um israelense morreram nesta quinta em vários incidentes, de acordo com o Ministério da Saúde palestino e os serviços de emergência israelenses.

*Com informações da Agence France-Presse

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação