GAZA

Chefe da ONU está horrorizado com bombardeio a campo de refugiados em Gaza

O chefe da ONU "condena nos termos mais fortes a morte de civis" e reitera o apelo a "todas as partes para que ponham fim a esta violência e sofrimento horríveis"

Secretário-geral da ONU, António Guterres -  (crédito:  KARIM JAAFAR / AFP)
Secretário-geral da ONU, António Guterres - (crédito: KARIM JAAFAR / AFP)
postado em 01/11/2023 16:41

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os ataques aéreos israelenses contra o campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza, disse seu porta-voz nesta quarta-feira (1º). 

"O secretário-geral está horrorizado com a escalada da violência em Gaza, incluindo as mortes de palestinos, entre eles mulheres e crianças, em ataques aéreos israelenses em áreas residenciais do campo de refugiados de Jabaliya", disse o porta-voz Stephane Dujarric.

Guterres, acrescentou, "reitera que todas as partes devem respeitar o direito humanitário internacional, incluindo os princípios da diferenciação, proporcionalidade e precaução". 

O chefe da ONU "condena nos termos mais fortes a morte de civis" e reitera o apelo a "todas as partes para que ponham fim a esta violência e sofrimento horríveis" e ao Hamas para libertar os reféns, disse Dujarric. 

Os bombardeios de Jabaliya são "a mais recente atrocidade a atingir o povo de Gaza, onde os combates entraram em uma fase ainda mais terrível, com consequências humanitárias cada vez mais terríveis", disse o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths.

"Em Gaza, mulheres, crianças e homens passam fome, ficam traumatizados e morrem devido aos bombardeios. Perderam toda a fé na humanidade e toda a esperança no futuro", insistiu Griffiths, ao voltar de uma viagem a Israel e à Cisjordânia. 

O diretor da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, Philippe Lazzarini, entrou em Gaza nesta quarta-feira pela passagem de fronteira de Rafah, segundo Dujarric. 

Ele é "o funcionário de mais alto escalão da ONU autorizado a entrar em Gaza desde o início da guerra", acrescentou. 

Os membros da missão, dos quais 70 morreram, disseram-lhe que precisavam de combustível e "mais" ajuda humanitária.

Segundo a ONU, 59 caminhões com água, alimentos e suprimentos médicos entraram na Faixa de Gaza através de Rafah na terça-feira, o maior comboio desde 21 de outubro. 

Nesse dia, essa passagem fronteiriça com o Egito foi aberta após o cerco ao enclave palestino, em resposta ao ataque do grupo islamista palestino Hamas, em 7 de outubro. 

Um total de 217 caminhões de ajuda entraram em Gaza através de Rafah desde 21 de outubro, disse Dujarric. Este número contrasta com os quase 500 caminhões por dia que passavam antes de 7 de outubro.

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