Guerra Israel-Hamas

Embaixada de Israel realiza cerimônia em solidariedade aos 239 reféns

Diplomatas e parlamentares participam de solenidade para cobrar a libertação dos 239 civis e militares capturados pelo Hamas em 7 de outubro. Embaixador denuncia "crime contra a humanidade"

Em uma cerimônia que durou pouco mais de uma hora, a Embaixada de Israel em Brasília reuniu diplomatas, parlamentares e jornalistas para prestar solidariedade aos 239 reféns sequestrados pelo Hamas na manhã de 7 de outubro de 2023. As fotos dos civis e militares capturados pelos extremistas foram expostas em um mural na parte externa e no saguão interno da representação diplomática. A solenidade teve início por volta das 10h15 desta terça-feira (31/10) com a apresentação de um vídeo exibindo imagens dos reféns e convidando os presentes à reflexão: "E se fossem suas crianças, seus amigos, sua família?".

O embaixador israelense Daniel Zonshine afirmou que 7 de outubro entrou para o calendário do povo judeu como "o dia mais horrível, obscuro e inaceitável". "Muitas coisas mudaram a partir dessa data. O que bebês fizeram? Por que mataram famílias inteiras?", questionou Zonshine. O diplomata lembrou o sequestro do soldado Gilad Shalit, em 25 de junho de 2006. "Agora, estão sequestradas mais de 230 pessoas, entre as quais 30 crianças. É um crime contra a humanidade", declarou Zonshine, que cobrou a libertação incondicional de todos os reféns. "Isso é uma prioridade do povo e do governo de Israel", sublinhou. Em breve discurso, a embaixadora da Alemanha, Bettina Cadenbach, se emocionou e falou sobre a DJ alemã-israelense Shani Louk, cuja morte foi confirmada pelas autoridades de Israel nesta segunda-feira (30).

Embaixada de Israel - As fotos dos 239 sequestrados em mural montado no saguão principal da Embaixada de Israel

Durante a cerimônia, Ilan Regev e a esposa, Mirit, pai dos jovens Maya (21 anos) e Itai (18), participaram de uma videoconferência e falaram sobre os filhos capturados pelo Hamas durante a festa rave, no kibbutz de Re'im, na manhã de 7 de outubro. Os dois irmãos tinham desembarcado em Israel na véspera dos atentados, depois de comemorarem o aniversário de Mirit no exterior. No último telefonema que Ilan recebeu da filha, Maya gritava: "Pai, estão atirando em mim, estou morrendo; estamos mortos, eles atiraram em nós", gritou a jovem. "Eu te amo", acrescentou. As Forças de Defesa de Israel confirmaram que Maya e Itai estão vivos e mantidos presos na Faixa de Gaza. 

Ilan cobrou uma ação mais efetiva do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), no sentido de ter acesso aos reféns e verificar as condições física e emocional de cada um deles. Por sua vez, Mirit lembrou que os filhos foram à rave com o intuito de celebrar o amor e a vida. "Eles foram educados com valores humanitários. Quero voltar a ver os meus filhos. Peço qualquer ajuda para trazermos os dois de volta para casa. Maya, inclusive, planejava viajar para o Brasil no começo de 2024", relatou. Ela fez um alerta ao Brasil sobre a possibilidade de o Hamas e apoiadores repetirem os atentados de 7 de outubro em território brasileiro. Ao fim da cerimônia, 30 balões azuis e brancos, as cores da bandeira de Israel, foram soltos. 

 

Entre os presentes, também estavam os embaixadores  Peter Claes (Bélgica), Emmanuel Lenain (França), Armen Yeganian (Armênia), Miklós Halmai (Hungria), John Aquilina (Malta),  e Karin Wallensteen (Suécia); o chefe da missão diplomática de Cingapura, Desmond Ng; representantes da Itália e dos Estados Unidos; os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Eduardo Pazuello (PL-RJ); o senador Magno Malta (PL-ES); além do ministro Clélio Nivaldo Crippa Filho, chefe de gabinete da Secretaria de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

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