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Gaza: os estudantes africanos sequestrados pelo Hamas

Dois estudantes da Tanzânia feitos reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza foram identificados pelo governo de Israel.

MASHAV ISRAEL
Joshua Loitu Mollel e Clemence Felix Mtenga estão entre cerca de 260 estudantes tanzanianos que vivem em Israel

Dois estudantes da Tanzânia feitos reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza foram identificados pelo governo de Israel.

Joshua Loitu Mollel e Clemence Felix Mtenga estavam em Israel como parte de um programa de estágio em agricultura, segundo uma publicação do Ministério das Relações Exteriores de Israel no X (antigo Twitter).

“Eles foram sequestrados por terroristas do Hamas e estão mantidos como reféns em Gaza”, afirma o comunicado.

O pai de Mollel disse à BBC que espera que seu filho mais velho retorne em segurança.

Ele disse que o embaixador da Tanzânia em Israel garantiu que os dois governos estão trabalhando juntos para sua libertação.

No entanto, as autoridades da Tanzânia não comentaram publicamente o sequestro de seus cidadãos.

Antes de ser confirmado que seu filho, de 21 anos, havia sido feito refém, Mollel disse à BBC que não conseguia comer nem dormir porque estava desesperado para saber o que havia acontecido com ele.

“Quando vou ao mercado, as pessoas me perguntam por que estou perdendo tanto peso”, disse ele, em entrevista na semana passada.

A última vez que Mollel falou com o seu filho foi na quinta-feira, 5 de outubro – dois dias antes de os homens armados do Hamas atacarem o Kibutz Nahal Oz, onde ele estudava.

As últimas palavras que Mollel disse ao filho foram: “Comporte-se da melhor maneira possível porque você está em um lugar novo e aproveite ao máximo o estágio que você está fazendo lá”.

A família de Mtenga ainda não falou publicamente sobre o sequestro.

Os dois jovens estavam entre os 260 estudantes tanzanianos em Israel.

Em 7 de outubro, 1,4 mil pessoas foram assassinadas por membros do Hamas. Países como Reino Unido, Estados Unidos e outras potências ocidentais classificam o grupo islâmico como uma “organização terrorista.”

Mais de 230 reféns foram levados para a Faixa de Gaza, que está sob controle do Hamas.

Israel diz que os reféns são oriundos de 25 países, incluindo um sul-africano que ainda não foi identificado.

As autoridades da África do Sul não comentaram o caso.

O Hamas afirma ter escondido os reféns em “locais e túneis seguros” dentro de Gaza.

Desde então, quatro dos reféns foram libertados, incluindo Yocheved Lifschitz, uma mulher de 85 anos que foi raptada juntamente com o seu marido Oded em um kibutz.

Durante sua soltura, ela apertou a mão de seu sequestrador do Hamas. Ela disse que foi espancada com paus enquanto era levada para Gaza, mas que também fora bem tratada pelo grupo.

Desde o ataque, Israel retaliou com ataques aéreos que mataram mais de 8 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas.

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