CONFLITO

Em vídeo divulgado pelo Hamas, refém critica Netanyahu: 'Negligência'

A mulher diz que Israel quer matar os reféns e pede que haja uma troca de prisioneiros. Israel chamou o vídeo de "propaganda psicólogica cruel"

Há 23 dias em conflito com Israel, o grupo islamista palestino Hamas publicou, nesta segunda-feira (30/10), um vídeo com três mulheres apresentadas como reféns, mantidas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.

O vídeo, que tem 76 segundos, foi publicado nos meios de comunicação do Hamas com o título "Um número de detidos sionistas envia uma mensagem a (Benjamin) Netanyahu e ao seu governo".

Uma das reféns, sentada ao centro entre as outras duas mulheres, pede para que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faça uma troca de prisioneiros com o Hamas para ela e as companheiras de cativeiro sejam libertadas.

Veja o vídeo: 

"Olá, Bibi Netanyahu. Estamos em cativeiro do Hamas [já] há 23 dias. Ontem houve uma conferência de imprensa com as famílias dos reféns. Sabemos que deveria haver um cessar-fogo. Você deveria libertar todos nós. Você se comprometeu a libertar todos nós. Em vez disso, estamos sendo punidos por sua negligência política e nacional — por causa daquela sua bagunça em 7 de outubro", começa a refém no vídeo.

"Vocês querem matar todos nós. Vocês querem matar todos nós usando as IDF (Forças de Defesa de Israel). Não é suficiente que cidadãos israelenses tenham sido mortos", continua. "Vamos. Vamos agora. Deixem seus cidadãos irem, deixem seus prisioneiros irem. Libertem-nos. Libertem todos nós. Vamos voltar para nossas famílias agora!", conclui no vídeo.

"Propaganda psicológica cruel", diz Netanyahu sobre o vídeo

Apesar do vídeo ter sido mencionado pela imprensa internacional, muitos não divulgaram o vídeo porque consideraram que são declarações impostas pelo Hamas.

O primeiro-ministro se pronunciou sobre o caso e afirmou que o vídeo é uma "propaganda psicológica cruel". Nas redes sociais, ele também confirmou o nome das reféns: Yelena Trupanov, Danielle Aloni e Rimon Kirsht.

"Estamos fazendo de tudo para trazer todas as pessoas sequestradas e desaparecidas para casa", escreveu.

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