Erdogan denuncia "massacre"
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou o Ocidente de ser "o principal culpado pelos massacres em Gaza". "Os principais culpados dos massacres em Gaza são os ocidentais. Com exceção de algumas consciências que levantaram a voz, estes massacres são inteiramente obra do Ocidente", disse o chefe do Estado turco em um "comício de apoio à Palestina" que reuniu centenas de milhares de pessoas em Istambul. Erdogan também afirmou que Israel é um "peão" do Ocidente."Uma serpente é sempre uma serpente", reagiu Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU, ao afirmar que Netanyahu continua "antissemita". Como retaliação a Erdogan, Israel convocou o seu embaixador em Istambul para consultas.
Medo às portas de Gaza...
"Pense em nossos dias. Se estamos no banho, há uma sirene antiaérea. Se começamos a cozinhar e ela toca, temos que desligar o gás. Se estamos fazendo compras, precisamos correr para o bunker. Quando dirigimos e nos vemos no meio de um ataque de foguetes, não há lugar para irmos", desabafou ao Correio a médica britânica Beverly Jamil, 60 anos, que vive em Ashkelon, a 12km da fronteira com Gaza. "As últimas três semanas têm sido um pesadelo. Bebês, crianças, pais, avós massacrados, estuprados, decapitados, queimados vivos. Em Ashkelon, quase todo o comércio baixou as portas, as escolas fecharam e as pessoas estão sem trabalhar. É quase uma cidade fantasma. O Hamas age exatamente como o Estado Islâmico fez", acrescentou.
...e tensão ao lado do Líbano
Um obus atingiu o quartel-general da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), informou um porta-voz da organização, no segundo incidente desse tipo desde a intensificação do fogo cruzado na fronteira israelense-libanesa. "Um projétil atingiu o interior da base em Naqoura", no sul do país, disse Andrea Tenenti, porta-voz da Finul no Líbano, acrescentando que não houve vítimas. A Finul tenta descobrir quem realizou o disparo. A milícia xiita Hezbollah opera na região e mantém milhares de mísseis apontados para Israel. Tropas israelenses estão de prontidão na Alta Galileia, em meio ao temor da abertura de novo front da guerra.