O novo primeiro-ministro da Eslováquia, Roberto Fico, anunciou nesta quinta-feira (26/10) que seu governo deixará de fornecer ajuda militar à Ucrânia e se limitará a um apoio "humanitário e civil".
"Entendemos a ajuda à Ucrânia apenas como uma ajuda humanitária e civil. Não forneceremos mais armas à Ucrânia", declarou Fico aos deputados da Eslováquia, confirmando a política apresentada durante a campanha eleitoral.
"A guerra na Ucrânia não é a nossa. Não temos nada a ver com esta guerra", acrescentou o novo primeiro-ministro, cujo partido nacionalista Smer-SD foi o mais votado nas eleições e formou uma coalizão governamental com uma formação pró-Rússia de extrema direita.
Segundo o chefe de Governo, "o fim imediato das operações militares é a melhor solução para a Ucrânia".
"A UE deveria passar do papel de fornecedor de armas para o de artesão da paz", disse ele. Após o anúncio, a Rússia considerou que a decisão eslovaca não mudará muito a situação.
"A parte da Eslováquia no fornecimento de armas (à Ucrânia) não era, na verdade, tão grande", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.
O primeiro-ministro eslovaco também anunciou que não apoiará novas sanções contra a Rússia "até que tenhamos analisado seu impacto para a Eslováquia".
Membro da União Europeia (UE) e da Otan, a Eslováquia é um dos países europeus que mais ajuda forneceu à Ucrânia, proporcionalmente ao seu PIB.
Saiba Mais
-
Mundo Ataque nos EUA: moradores acharam que estalos eram 'pegadinhas de Halloween'
-
Mundo Instrutor de tiro e reserva do Exército: quem é o atirador dos EUA
-
Mundo Israel faz incursão em Gaza com tanques e soldados em 'ataque direcionado'; ONU diz que 'nenhum lugar é seguro'
-
Mundo Tanques e infantaria de Israel invadem Gaza, atacam Hamas e recuam
-
Mundo O que se sabe sobre o ataque a tiros que matou 22 pessoas nos EUA
-
Mundo 'Tudo está acabando': a grave situação de Gaza pelos olhos de um médico