DIPLOMACIA

EUA podem apresentar resolução em reunião do Conselho da ONU nesta terça

Segundo o Itamaraty, o texto estadunidense está sob análise. O ministério não quis comentar sobre o teor da proposta

Um texto elaborado pelos Estados Unidos pode ser apresentado para votação na terça-feira (24) durante reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que debate o conflito entre Israel e o Hamas. Os países participantes se reúnem às 11h em encontro transmitido ao vivo pelo YouTube das Nações Unidas.

Segundo o Itamaraty, o texto estadunidense está sob análise. O ministério não quis comentar sobre o teor da proposta e disse que a opinião brasileira deve ser manifestada apenas no momento da votação. Presidente rotativo do Conselho durante o mês de outubro, o Brasil tem consultado os demais países do grupo para elaboração de nova resolução após veto dos Estados Unidos à última proposta, na última quarta-feira (18/10).

O portal norte-americano CNN afirmou que a minuta elaborada pelos Estados Unidos foca no “direito à autodefesa” de Israel. O país pede ainda que o Irã pare de exportar armas para “milícias e grupos terroristas que ameaçam a paz e a segurança em toda a região”. A proposta também faz menção à suposta "contínua, suficiente e desimpedida" entrega de ajuda à Faixa de Gaza.

O ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira está em Nova York, onde presidiu uma reunião do Conselho de Segurança sobre o Haiti. No sábado, o chanceler esteve no Cairo, capital do Egito, e fez críticas ao que ele chamou de “paralisia” do Conselho.

Na última quarta-feira (18/10), o Brasil apresentou resolução que pedia a abertura de corredores humanitários na Faixa de Gaza. O texto, embora aprovado por 12 países da cúpula, foi rejeitado pelos EUA, que têm poder de veto. Segundo Vieira, mesmo com a rejeição do texto, os votos favoráveis mostram o fortalecimento da posição diplomática brasileira e uma vontade geral dos países de encontrar uma resolução rápida para o conflito.

Além do país norte-americano, Rússia, China, França e Reino Unido também tem o poder de vetar uma proposta.

 

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