O primeiro turno da eleição presidencial na Argentina teve a maior abstenção da história do país desde a retomada da democracia. Assim como no Brasil, a votação na Argentina é obrigatória para pessoas entre 18 e 70 anos.
De acordo com a Câmara Nacional Eleitoral da Argentina, apenas 74% dos eleitores registrados votaram. O recorde de abstenção era da eleição de 2007, quando Cristina Kirchner venceu pela primeira vez, com 76,2% de participação.
A votação foi encerrada às 18h. A expectativa é que os primeiros resultados sejam revelados a partir das 22h no horário de Buenos Aires, que é o mesmo de Brasília. Diferentemente do Brasil, a Argentina não tem urnas eletrônicas. O sistema eleitoral é baseado em cédulas com o voto impresso, em que os eleitores colocam um envelope lacrado com os registros do candidato escolhido na urna.
O primeiro turno das eleições gerais definirá o próximo presidente e vice-presidente do país, além de quatro governadores, 130 deputados e 24 senadores de oito províncias.
Cinco nomes disputam o posto de ocupante da Casa Rosada, em Buenos Aires. São eles Javier Milei, economista da extrema direita; Sergio Massa, atual ministro da Economia; Patricia Bullrich, ex-ministra de Segurança de Maurício Macri; Juan Schiaretti, governador de Córdoba; e Myriam Bregman, deputada pela Frente de Esquerda e dos trabalhadores.
As pesquisas mostram três nomes na disputa por duas vagas no segundo turno: Sergio Massa e Patricia Bullrich, veteranos na política e representantes dos partidos tradicionais do país, e Javier Miliei.
Para vencer diretamente no primeiro turno, os candidatos argentinos precisam alcançar 45% dos votos válidos ou 40% dos votos, desde que possuam 10 pontos percentuais de vantagem em relação ao segundo lugar. Já no segundo turno, o candidato eleito é escolhido pela maioria simples dos votos — a metade mais um. Em 2023, um eventual segundo turno está marcado para 19 de novembro.
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