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Caminhões com ajuda humanitária não puderam entrar com combustível em Gaza

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que sem combustível para os geradores, há risco de que pessoas morram. De 175 caminhões, apenas 20 veículos foram autorizados a entrar no território

A passagem de Rafah, na fronteira do Egito com o sul da Faixa de Gaza, foi aberta neste sábado (21/10) para a entrada de mantimentos. Cerca de 175 caminhões com suprimentos aguardavam na fronteira, no entanto, apenas 20 veículos foram autorizados a entrar no território e nenhum deles teve autorização para levar combustível.

O Ministério da Saúde palestino em Gaza emitiu uma comunicado neste sábado onde afirma que a falta do combustível entre os itens de ajuda humanitária deixa a vida dos doentes em perigo.

"Apelamos à comunidade internacional e ao Egito para que trabalhem imediatamente para trazer combustível e necessidades emergenciais de saúde antes que mais vítimas sejam perdidas nos hospitais", disse o comunicado. O Ministério da Saúde é ligado ao Hamas, que controla o território. A entrada de combustível foi vetada por Israel por receio de ser usado em armas e foguetes.

Este foi o primeiro dia em que a ajuda humanitária entrou em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, quando extremistas entraram em Israel, matando civis e sequestrando cerca de 200 reféns que ainda hoje estão sob a mira dos terroristas.

Segundo agencias internacionais, o 15º dia do conflito foi marcado por bombardeios no território palestino, incluindo o sul da Faixa de Gaza, por onde entraram os caminhões da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O governo do Egito realizou neste sábado (21/10) uma reunião com representantes de vários países para debater os desdobramentos do conflito entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, e a escalada da violência no Oriente Médio. Segundo a ONU, existe uma discussão sobre a possibilidade de rastrear o combustível para evitar que o material seja desviado para outros usos, que não em geradores.

Após o ataque do Hamas ao território israelense, Israel anunciou um cerco a Gaza, cortando o fornecimento de eletricidade, combustível, alimentos e água ao território. Famílias, empresas e hospitais da região de Gaza dependem de geradores que têm como fonte de funcionamento os combustíveis.

 

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