CONFLITO

Novos ataques aéreos atingem Gaza em meio a expectativa por ajuda humanitária

Confira as últimas atualizações sobre a guerra entre Israel e Hamas na faixa de Gaza

Reuters
Forças de Defesa de Israel afirmam ter destruído “centenas de infra-estruturas terroristas do Hamas” nas últimas 24h

Militares israelenses dizem ter atingido centenas de locais em Gaza visando "infraestrutura do Hamas" nas últimas 24 horas, em meio a expectativa pela abertura da fronteira com o Egito para a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.

A Faixa de Gaza continua sitiada, com Israel bloqueando o fornecimento transfronteiriço de água, eletricidade e combustível.

Mas os EUA e o Egito dizem que caminhões com ajuda humanitária devem começar a atravessar a fronteira do Egito para Gaza nesta sexta-feira (20/10).

O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi concordou em abrir a passagem de Rafah, na fronteira com Gaza, para permitir a entrada de até 20 caminhões de ajuda humanitária.

Isto ocorre após uma visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel.

O presidente americano não confirmou se civis sitiados — palestinos ou estrangeiros — serão autorizados a deixar Gaza via Rafah.

Questionado por repórteres sobre a possibilidade, Biden disse: "Vamos tirar as pessoas de lá, mas não vou entrar em detalhes com vocês agora".

Multidões de pessoas e caminhões com suprimentos de ajuda fazem fila dos dois lados da fronteira aguardando uma reabertura.

A explosão em um hospital na cidade de Gaza na terça-feira (17/10) dificultou as negociações.

O grupo militante palestino Hamas culpa Israel pela devastação no hospital Al Ahli, mas militares israelenses afirmam que a explosão mortal foi causada por um foguete palestino que falhou.

Getty Images
Funcionários de padaria preparam pacotes de pão para pessoas que se aglomeram em Rafah

Novos bombardeios

As Forças de Defesa de Israel disseram em sua última atualização na manhã de quinta-feira que destruíram "centenas de infraestruturas terroristas do Hamas" nas últimas 24 horas.

Em uma publicação na rede social X, antigo Twitter, os militares disseram que "continuam a atacar o tempo todo em toda a Faixa de Gaza".

As Forças Armadas de Israel acrescentaram que destruíram "locais de lançamento de mísseis antitanque, entradas de túneis, infraestrutura de inteligência, quartéis-generais operacionais e outras sedes".

Eles afirmam também que “mais de dez terroristas foram eliminados”.

Acordo para ajuda humanitária

EVELYN HOCKSTEIN/REUTERS
Joe Biden e o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu

O acordo de ajuda anunciado por Joe Biden traz um pequeno raio de esperança para mais de dois milhões de palestinos desesperados presos dentro da Faixa de Gaza, aponta o correspondente da BBC Paul Adams.

O líder norte-americano disse que um primeiro grupo de 20 caminhões poderia cruzar para Gaza vindo do Egito na sexta-feira (20/10), depois que estradas de acesso afetadas por bombardeios fossem reparadas.

Se isso acontecer sem problemas, é possível que mais caminhões sigam a primeira leva.

Mas muitas questões permanecem em aberto. Por exemplo, para onde e para quem vai a ajuda humanitária?

Na quinta-feira (18/10), militares israelenses instaram palestinos a se deslocarem para al-Mawasi, que fica no litoral, próximo a Rafah.

Lá, segundo os israelenses, "será fornecida ajuda humanitária internacional".

Quantas pessoas conseguirão chegar a al-Mawasi, em um momento em que ataques aéreos ainda são registrados em toda a Faixa de Gaza?

E quais são os mecanismos para garantir que a ajuda não caia nas mãos do Hamas, uma possibilidade insistentemente levantada por Israel?

Israel diz que a ajuda consistirá apenas em alimentos, água e medicamentos.

Mas ainda há escassez crônica de eletricidade, devido ao bloqueio de Israel. A ONU diz que falta combustível em Gaza.

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