No 12º dia de guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, o número de palestinos mortos subiu para 3.300. Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza continuam, mesmo em meio a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel e ao ataque a um hospital do sul de Gaza, que deixou de 500 a 800 pessoas mortas. Segundo o jornal Al Jazeera, bombardeios a um edifício residencial em Khan Younis, nesta quarta-feira (18/10), causou sete mortes e 40 pessoas ficaram feridas. Do lado israelense, a guerra já deixou 1400 mortos.
A Organização Mundial da Saúde alertou que a situação na Faixa de Gaza está ficando "incontrolável". "Precisamos que a violência pare em todos os lados", afirmou o diretor Tedros Adhanom Ghebreyesus, que pediu a abertura da passagem de fronteira de Rafah, entre Gaza e Egito, para a entrega de ajuda humanitária e saída de pessoas que se deslocaram do norte de Gaza ou querem voltar ao seus países de origem, como é o caso do grupo de 32 brasileiros que aguardam resgate.
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O presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, disse que a ajuda humanitária, bloqueada na península egípcia do Sinai, não pode entrar no território palestino através da passagem de fronteira devido aos "bombardeios israelenses". Centenas de caminhões com ajuda humanitária estão bloqueados há vários dias na região e ainda não chegaram na Faixa de Gaza, onde vivem 2,4 milhões de pessoas.
Nesta quarta-feira (18/10), o Papa Francisco pediu que os líderes mundiais façam todo o possível para evitar uma "catástrofe humanitária" em Gaza. "A possível ampliação do conflito é inquietante quando há tantas frentes de guerra abertas no mundo. Silenciem as armas, escutem o grito de paz dos pobres, das pessoas, das crianças", afirmou o pontífice.
Além dos bombardeios, o cerco total de Israel a Gaza, com a suspensão do fornecimento de água, energia elétrica, alimentos e remédios também agrava a crise humanitária na Faixa de Gaza. O corte desses serviços essenciais colabora para o colapso de hospitais.
"As pessoas em Gaza têm acesso severamente limitado à água potável. Como último recurso, elas estão consumindo água salobra proveniente de poços agrícolas, o que suscita sérias preocupações quanto à propagação de doenças transmitidas pela água", ressaltou a Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA).
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