O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, nesta terça-feira (17/10), com os presidentes do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre a guerra entre o grupo Hamas e Israel. Nas conversas, que ocorreram de forma separada, o petista pediu ajuda para a libertação do grupo de cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza e a criação de um corredor humanitário para que estrangeiros cheguem ao Egito.
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Na conversa com Erdogan, de acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, ambos os presidentes concordaram que são "inaceitáveis" os ataques contra civis. O brasileiro reforçou a necessidade de um cessar-fogo e da criação de um corredor humanitário para que os estrangeiros possam sair pela fronteira do Egito.
Lula pediu ao presidente turco ajuda para a libertação do grupo de cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza e aguardam uma passagem para seguirem ao Egito. Segundo a nota, "Erdogan se dispôs a ajudar no que puder pela saída dos brasileiros".
"O presidente Lula ainda disse que está esperando pela visita de Erdogan ao Brasil no ano que vem, na cúpula do G-20. E que deseja um mundo com menos guerra e mais paz, com menos pobreza e mais emprego", diz o Palácio do Planalto.
Já no telefonema com Raisi, Lula também falou sobre o grupo de brasileiros que aguarda a saída da Faixa de Gaza. De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Itamaraty, o presidente iraniano defendeu o fim imediato dos bombardeios de Israel e o fim do bloqueio da Faixa de Gaza.
O brasileiro reiterou seu pedido para que se construa um "consenso" para a criação de um corredor humanitário. "Lula fez um apelo pela libertação de todos os reféns, que seria o melhor sinal para um apelo pelo fim dos bombardeios em Gaza", escreve a nota.
Os telefonemas ocorreram no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. Lula permanece na residência desde que foi submetido a duas cirurgias no último dia 29. Nesta manhã, fora da agenda, ele se reuniu presencialmente com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.