ESTADOS UNIDOS

EUA: republicanos votam nesta terça para escolher presidente do Congresso

O órgão legislativo está sem líder desde a destituição de Kevin McCarthy em 3 de outubro, vítima das divisões entre moderados e partidários do ex-presidente Donald Trump

A Câmara Baixa do Congresso dos Estados Unidos continua paralisada, sem poder votar projetos, por falta de um presidente devido a uma guerra interna entre republicanos, que devem fazer uma votação na terça-feira (17/10) para pôr fim ao caos. 

Sem presidente, a Câmara dos Representantes não pode votar nenhum pacote de ajuda à Ucrânia, invadida pela Rússia, nem para Israel, em guerra contra o movimento islamita palestino Hamas. Também não pode votar o orçamento do governo federal, que expira em poucas semanas. 

O órgão legislativo está sem líder desde a destituição de Kevin McCarthy em 3 de outubro, vítima das divisões entre moderados e partidários do ex-presidente Donald Trump. 

Desde então, os conservadores não conseguiram chegar a um acordo sobre o sucessor. 

O Congresso tem duas Câmaras: o Senado, onde os democratas de Joe Biden são maioria, e a Câmara dos Representantes, nas mãos dos republicanos. 

Depois de uma semana de alta tensão, o congressista Jim Jordan, muito próximo a Donald Trump, é atualmente o único candidato republicano no jogo. 

"Devemos permanecer unidos e voltar ao trabalho", afirmou Jordan nesta segunda-feira no X, antigo Twitter.  

Sua candidatura será submetida à votação em sessão plenária na terça-feira ao meio-dia (13h no horário de Brasília). 

No momento, o congressista não conta com apoio suficiente para conseguir o posto. Mas vários moderados, que haviam se oposto firmemente à sua candidatura considerada muito direitista, se aliaram a ele nesta manhã de segunda. 

O grupo parlamentar fará outra reunião a portas fechadas no final do dia, na qual foram proibidos celulares, com a esperança de chegarem a um consenso. 

A pressão aumenta, entre outras razões porque o Senado prevê debater esta semana várias medidas para Israel, começando pela confirmação de um novo embaixador. 

O Partido Democrata de Joe Biden é minoritário na Câmara Baixa, e, portanto, assiste às negociações como espectador. Mas, em teoria, poderia chegar a uma aliança com os republicanos moderados para encerrar tal situação. 

"Os extremistas destruíram a Câmara dos Representantes", disse nesta segunda o líder democrata Hakeem Jeffries, que avaliou que "apenas uma coalizão que transcenda os partidos" pode colocá-la de pé novamente. 


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