O embaixador de Israel nas Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, respondeu com rigidez as falas da Organização sobre a ordem de evacuação de mais de 1 milhão de pessoas da região norte da Faixa de Gaza. Segundo o diplomata israelense, a ONU deveria elogiá-los pelas "medidas de precaução" com a população civil do território palestino.
"Enquanto escolas e hospitais em Gaza se tornavam bases de lançamento de foguetes do Hamas, a ONU permanecia em silêncio. Agora que Israel dá um aviso com antecedência à população civil de Gaza para evacuar áreas, porque valorizamos a vida e fazemos tudo o que podemos para minimizar as baixas civis, a ONU prefere condenar essas medidas preventivas e colocar pressão novamente sobre o lado que defende a civilização", afirmou o embaixador.
O diplomata completou ainda que é ouvido pelos israelenses que a ONU "não se preocupa com civis". "O que ouvimos é a indiferença da ONU em relação ao assassinato de 1.300 israelenses. A ONU está deixando claro que não quer que Israel se defenda", afirmou também.
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"Hamas conta com a ONU"
Para o embaixador, o Hamas age já pensando em reações da comunidade internacional para impedir que Israel tente derrubar a sua infraestrutura.
"O Hamas cometeu essa atrocidade em larga escala porque eles contam com, e peço desculpas pelo que estou prestes a dizer, mas eles contam com a ONU, assim como fizeram no passado, para vir em seu socorro", disse Erdan nesta sexta em Nova York, sede da Organização.
"Eles acreditam que a comunidade internacional agora irá impedir Israel de apagar a infraestrutura terrorista do Hamas. O Hamas quer que o mundo negue o direito de autodefesa de Israel para que possam manter seus recursos e cometer outra atrocidade desse tipo no futuro", continuou o embaixador.
O que diz a ONU
As falas ocorreram em resposta aos pronunciamentos de membros da ONU, incluindo o secretário-geral António Guterres, que pedem que Israel evite "uma catástrofe humanitária", após a ordem de evacuação de mais de 1 milhão de pessoas do norte de Gaza.
"O secretário-geral e sua equipe passaram muito tempo ao telefone. Ele está em contato constante com autoridades israelenses, pedindo que evitem uma catástrofe humanitária", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.
Em nota separada, divulgada nesta sexta-feira, Guterres ressaltou que "até mesmo as guerras têm regras". "A situação em Gaza caiu a um nível perigoso. O sistema de saúde está à beira de um desastre, os necrotérios estão sobrecarregados e há uma crise de água", afirmou.
"Precisamos de acesso humanitário imediato a Gaza, para levar combustível, alimentos e água a todos os que precisam", advertiu Guterres.
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