Terceira brasileira desaparecida em Israel é encontrada morta, diz Itamaraty

Karla Stelzer também estava na rave Universo Paralello, mesmo local em que outros dois brasileiros desapareceram e foram encontrados mortos dias depois

Desaparecida desde sábado (7/10), Karla Stelzer foi encontrada morta em Israel

arquivo pessoal

O Ministério das Relações Exteriores confirmou, na manhã desta sexta-feira (13/10), a morte da terceira brasileira em Israel, em decorrência do conflito entre o país e o grupo terrorista Hamas. Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, também estava na rave Supernova Universo Paralello Edition, que ocorria próximo à Faixa de Gaza no momento em que os militantes terroristas invadiram o país com bombas e homens armados no sábado (7/10).

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Outros dois brasileiros que estavam no festival também foram encontrados mortos nessa semana. O Itamaraty se solidarizou "com a família, amigas e amigos de Karla". "O governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil". 

Karla Stelzer Mendes nasceu no Rio de Janeiro e também tinha cidadania israelense. Ela era mãe de um jovem de 19 anos, que faz parte do exército de Israel.

O último contato que ela tinha tido com a família foi no sábado (7/10) pela manhã. Ela chegou a mendar áudios para amigos durante os ataques.

"Fomos para a mamada para se proteger. Aí vieram os terroristas e jogaram uma bomba dentro do mamada. A gente saiu correndo", diz ela em áudio. Mamada é um tipo de bunker.

Karla era namorada do israelense Gabriel Azulay. Os dois estavam no festival de música atacado pelo Hamas no sábado (7/10). Gabriel foi encontrado morto na quarta-feira (11/10). Além dos dois, a carioca Bruna Valeanu e o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer, que estavam na rave, também morreram em decorrência do ataque. 

O governo brasileiro corre contra o tempo para repatriar brasileiros que ainda estão em Israel. Primeiro país a resgatar cidadãos do conflito, o Brasil já trouxe mais de 500 brasileiros de volta ao país. Agora, o governo negocia com o Egito para salvar aqueles que estão em Gaza, cidade foco dos bombardeios de Israel.