conflito Israel-Hamas

Gaza: 'Não sabemos se estão vivos ou mortos', diz familiar de refém

Segundo as autoridades israelenses, 95 pessoas, entre crianças, mulheres, sobreviventes do holocausto, foram sequestrados pelo Hamas

Em coletiva de imprensa realizada por representantes do Exército israelense, na tarde desta quinta-feira (12/10), familiares de civis sequestrados pelo grupo extremista Hamas relataram o desespero que sentem desde sábado (7/10), quando Israel foi atacado de supresa. O argentino Itzak Horn relatou que já procurou os filhos Lair e Eitan em abrigos e hospitais, mas que até o momento, a família não tem nenhuma notícia deles.

"Depois que os assassinos, terroristas selvagens, chamem como quiserem, entraram, perdemos contato com eles. Não sabemos se estão vivos, se estão mortos, se estão sequestrados. Peço que me digam onde estão meus filhos", desabafou Itzak.

Um jovem de 27 anos, identificada como Yule, disse que soube que o pai estava em um abrigo no sábado (7/10). Porém, desde então, a família não sabe do paradeiro e acredita que ele esteja como refém do Hamas, na Faixa de Gaza. "Começamos o dia de sábado às 6h20 com bombas do Hamas. Aproximadamente às 9h30 estava conversando com a minha mãe por telefone, mas ela disse que tinha terroristas tentando entrar na casa. Disse que tinha medo", relatou.

Segundo o major Roni Kaplan, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, 95 pessoas, entre crianças, mulheres, sobreviventes do holocausto, foram sequestrados pelo Hamas. O número, no entanto, pode ser maior.

O Exército israelense também afirmou que há "enormes esforços para minimizar impactos aos civis". Entretanto, desde o início do conflito, mais de 2,7 mil pessoas morreram, sendo 1,4 mil em Gaza e 1,3 em Israel. Israel fez um cerco total na Faixa de Gaza, cortando o fornecimento de água, energia elétrica e alimentos. Segundo as autoridades, os serviços só vão retornar quando os reféns forem liberados. 

Ao todo, 28 brasileiros que estão na região pediram para o governo do Brasil para serem retirados de lá. O governo brasileiro ainda estuda como fará a operação de resgate. Desses, 13 estão abrigados em uma escola para evitar que sejam vítimas de bombardeios.

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