Um veículo de comunicação estatal da Síria afirmou que ataques aéreos de Israel atingiram aeroportos internacionais de Damasco, capital do país, e de Aleppo, cidade localizada no norte. Os bombardeios, de acordo com os sírios, danificaram as pistas, deixando-as fora de serviço.
Os ataques ocorreram um dia antes da visita do ministro das Relações Exteriores do Irã à Síria. Esses seriam os primeiros ataques de Israel desde que o Hamas, grupo fundamentalista islâmico, bombardeou o sul do país israelense.
Israel teria como alvo aeroportos e portos marítimos da Síria, país liderado por Bashar al-Assad, no intuito de atingir comboios do Hezbollah — uma organização política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita, fundada antes da revolução islâmica, que declarou apoio ao Hamas. Os comboios estariam com armas vindas do Irã.
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Na região das colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel, houve troca de disparos na última terça (10/10). Segundo o jornal Folha de São Paulo, as Forças de Defesa de Israel suspeitam que o ataque tenha sido iniciado pelo Hezbollah, como maneira de desviar a atenção da operação que está em curso para invadir Gaza e destruir o Hamas.
Os ataques nos aeroportos da Síria deixaria a escalada da crise nas mãos de Israel, mas o objetivo real da ação ainda não foi confirmada. Outra hipótese seria dar um recado a Assad, para não permitir mais ações do Hezbollah contra o norte de Israel.
Os aeroportos de Damasco e de Aleppo já haviam sofrido outros ataques. No caso de Aleppo, o serviço do local foi suspenso em 28 de agosto, após bombardeios, e o de Damasco em 2 de janeiro.
Israel faz fronteira com a Síria e não costuma comentar as operações contra o país, mas diz querer impedir que o Irã se instale próximo ao território. O Irã apoia o Hamas e celebrou a ofensiva do grupo palestina contra o país israelense.
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