O governo brasileiro convocou para amanhã (13/10) uma nova reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a guerra entre Israel e Palestina. A ideia é que os países integrantes do grupo cheguem a um acordo pela criação de corredores humanitários para retirar civis da Faixa de Gaza e pela libertação dos reféns capturados pelo grupo extremista Hamas.
O Brasil preside o Conselho no mês de outubro e, portanto, é responsável pela agenda do grupo e pela convocação dos encontros. É preciso, porém, autorização dos cinco membros permanentes: China, Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido.
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está a caminho de Nova York para participar pessoalmente da reunião de emergência. Ele cumpria agenda no Camboja e seguiria para as Filipinas, mas alterou a agenda após convocação do encontro da ONU.
Será a segunda reunião de emergência do Conselho convocada pelo Brasil para discutir a situação da guerra. A primeira ocorreu a portas fechadas no último domingo (8/10), mas não houve consenso entre as nações para a divulgação de um comunicado conjunto.
Ontem (11), a Comissão da ONU que acompanha o conflito entre Israel e Palestina emitiu uma nota afirmando que há indícios de crimes de guerra cometidos tanto pelo Hamas quanto pelas forças israelenses no conflito. Foram mortos 11 funcionários e 30 estudantes da ONU em Gaza durante os bombardeios de Israel.
Brasileiros aguardam retirada de Gaza
O Brasil também tenta retirar cerca de 30 brasileiros da Faixa de Gaza, que está sendo bombardeada por Israel. A operação, porém, depende de um acordo com o Egito para a travessia pela cidade de Rafah, que também sofreu ataques de Israel.
Ontem também, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez em sua conta no X (antigo Twitter) um apelo pelas crianças israelenses e palestinas.
"Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", escreveu Lula.