CONFLITO ISRAEL-HAMAS

Brasileira é convocada para guerra em Israel: 'Pronta para viver ou morrer'

Moradora de Israel, a mineira Sabrina Cherman serviu o exército israelense por três anos e foi convocada para lutar contra o Hamas

A brasileira Sabrina Cherman, de 22 anos, está entre os mais de 360 mil reservistas convocados pelo exército de Israel para se juntar às tropas envolvidas na ofensiva contra a Faixa de Gaza, após o ataque do grupo fundamentalista islâmico Hamas no sábado (7/10).

Natural de Minas Gerais, a jovem mudou-se para Israel aos 14 anos de idade para cursar o ensino médio, serviu às forças armadas israelenses por três anos e achava que não voltaria ao posto de soldado.

Ela passou a servir o exército após concluir o ensino médio, ficou na instituição por três anos e conquistou o título de cidadã israelense. Há um mês ela deixou as Forças Armadas, mas foi convocada novamente. 

Com a guerra que se iniciou no último sábado (7/10), após o grupo terrorista Hamas atacar Israel, as forças armadas do país convocaram 360 mil reservistas para o combate, entre eles, Sabrina.

Sabrina diz não ter medo do combate. A jovem vai se apresentar nesta quarta-feira (11/10), na base onde serviu durante os últimos três anos: um ponto entre o Egito e a Faixa de Gaza. Ela diz estar pronta para "viver e morrer por Israel".

"Em Israel, as mulheres só vão para a frente de batalha em último caso, mas eu já fui combatente, isso é o de menos. Estou pronta para viver e morrer por Israel", afirmou, em entrevista ao g1.

A brasileira deve atuar na patrulha perto das vilas da fronteira, ajudar a resgatar pessoas feridas em helicópteros e outras tarefas que surgirem. A jovem diz acreditar que o confronto seja prolongado, sendo um dos mais longos. "Essa vai ser a guerra mais longa pela qual Israel vai passar", afirma.

A soldada contou que o local onde vai ficar é perigoso e que três soldados foram assassinados, neste ano, durante um atentado de um grupo terrorista do Egito.  Sabrina afirma que um dos maiores receios é sobre o que pode acontecer com seus amigos do exército.

"Um amigo meu foi [se apresentar] hoje, e eu tenho medo de falar tchau como se fosse a última vez. É triste saber que pode ser a última vez", declarou.

 

 

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