Guerra Israel-Hamas

Embaixada de Israel realiza cerimônia em solidariedade aos 239 reféns

Diplomatas e parlamentares participam de solenidade para cobrar a libertação dos 239 civis e militares capturados pelo Hamas em 7 de outubro. Embaixador denuncia "crime contra a humanidade"

O embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, conversa por videoconferência com Ilan Regev, pai dos jovens Maya (21 anos) e Itai (18), reféns do Hamas  -  (crédito: Embaixada de Israel)
O embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, conversa por videoconferência com Ilan Regev, pai dos jovens Maya (21 anos) e Itai (18), reféns do Hamas - (crédito: Embaixada de Israel)
postado em 31/10/2023 13:57

Em uma cerimônia que durou pouco mais de uma hora, a Embaixada de Israel em Brasília reuniu diplomatas, parlamentares e jornalistas para prestar solidariedade aos 239 reféns sequestrados pelo Hamas na manhã de 7 de outubro de 2023. As fotos dos civis e militares capturados pelos extremistas foram expostas em um mural na parte externa e no saguão interno da representação diplomática. A solenidade teve início por volta das 10h15 desta terça-feira (31/10) com a apresentação de um vídeo exibindo imagens dos reféns e convidando os presentes à reflexão: "E se fossem suas crianças, seus amigos, sua família?".

O embaixador israelense Daniel Zonshine afirmou que 7 de outubro entrou para o calendário do povo judeu como "o dia mais horrível, obscuro e inaceitável". "Muitas coisas mudaram a partir dessa data. O que bebês fizeram? Por que mataram famílias inteiras?", questionou Zonshine. O diplomata lembrou o sequestro do soldado Gilad Shalit, em 25 de junho de 2006. "Agora, estão sequestradas mais de 230 pessoas, entre as quais 30 crianças. É um crime contra a humanidade", declarou Zonshine, que cobrou a libertação incondicional de todos os reféns. "Isso é uma prioridade do povo e do governo de Israel", sublinhou. Em breve discurso, a embaixadora da Alemanha, Bettina Cadenbach, se emocionou e falou sobre a DJ alemã-israelense Shani Louk, cuja morte foi confirmada pelas autoridades de Israel nesta segunda-feira (30).

As fotos dos 239 sequestrados em mural montado no saguão principal da Embaixada de Israel
As fotos dos 239 sequestrados em mural montado no saguão principal da Embaixada de Israel (foto: Embaixada de Israel)

Durante a cerimônia, Ilan Regev e a esposa, Mirit, pai dos jovens Maya (21 anos) e Itai (18), participaram de uma videoconferência e falaram sobre os filhos capturados pelo Hamas durante a festa rave, no kibbutz de Re'im, na manhã de 7 de outubro. Os dois irmãos tinham desembarcado em Israel na véspera dos atentados, depois de comemorarem o aniversário de Mirit no exterior. No último telefonema que Ilan recebeu da filha, Maya gritava: "Pai, estão atirando em mim, estou morrendo; estamos mortos, eles atiraram em nós", gritou a jovem. "Eu te amo", acrescentou. As Forças de Defesa de Israel confirmaram que Maya e Itai estão vivos e mantidos presos na Faixa de Gaza. 

Ilan cobrou uma ação mais efetiva do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), no sentido de ter acesso aos reféns e verificar as condições física e emocional de cada um deles. Por sua vez, Mirit lembrou que os filhos foram à rave com o intuito de celebrar o amor e a vida. "Eles foram educados com valores humanitários. Quero voltar a ver os meus filhos. Peço qualquer ajuda para trazermos os dois de volta para casa. Maya, inclusive, planejava viajar para o Brasil no começo de 2024", relatou. Ela fez um alerta ao Brasil sobre a possibilidade de o Hamas e apoiadores repetirem os atentados de 7 de outubro em território brasileiro. Ao fim da cerimônia, 30 balões azuis e brancos, as cores da bandeira de Israel, foram soltos. 

 

Entre os presentes, também estavam os embaixadores  Peter Claes (Bélgica), Emmanuel Lenain (França), Armen Yeganian (Armênia), Miklós Halmai (Hungria), John Aquilina (Malta),  e Karin Wallensteen (Suécia); o chefe da missão diplomática de Cingapura, Desmond Ng; representantes da Itália e dos Estados Unidos; os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Eduardo Pazuello (PL-RJ); o senador Magno Malta (PL-ES); além do ministro Clélio Nivaldo Crippa Filho, chefe de gabinete da Secretaria de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

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