Eslováquia anuncia fim da ajuda militar à Ucrânia: "Não temos nada a ver"

"A guerra na Ucrânia não é a nossa. Não temos nada a ver com esta guerra", acrescentou o novo primeiro-ministro

Membros de um recém-formado "Batalhão Siberiano" dentro das Forças Armadas Ucranianas participam de um exercício de treinamento militar fora de Kiev - (crédito: GENYA SAVILOV / AFP)

Agence France-Presse

postado em 26/10/2023 11:21 / atualizado em 26/10/2023 11:22

O novo primeiro-ministro da Eslováquia, Roberto Fico, anunciou nesta quinta-feira (26/10) que seu governo deixará de fornecer ajuda militar à Ucrânia e se limitará a um apoio "humanitário e civil".

"Entendemos a ajuda à Ucrânia apenas como uma ajuda humanitária e civil. Não forneceremos mais armas à Ucrânia", declarou Fico aos deputados da Eslováquia, confirmando a política apresentada durante a campanha eleitoral. 

"A guerra na Ucrânia não é a nossa. Não temos nada a ver com esta guerra", acrescentou o novo primeiro-ministro, cujo partido nacionalista Smer-SD foi o mais votado nas eleições e formou uma coalizão governamental com uma formação pró-Rússia de extrema direita.

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Segundo o chefe de Governo, "o fim imediato das operações militares é a melhor solução para a Ucrânia".

"A UE deveria passar do papel de fornecedor de armas para o de artesão da paz", disse ele.  Após o anúncio, a Rússia considerou que a decisão eslovaca não mudará muito a situação. 

"A parte da Eslováquia no fornecimento de armas (à Ucrânia) não era, na verdade, tão grande", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa. 

O primeiro-ministro eslovaco também anunciou que não apoiará novas sanções contra a Rússia "até que tenhamos analisado seu impacto para a Eslováquia". 

Membro da União Europeia (UE) e da Otan, a Eslováquia é um dos países europeus que mais ajuda forneceu à Ucrânia, proporcionalmente ao seu PIB.