África do Sul

África do Sul: 500 mineradores são soterrados devido a conflito sindical

A gestão da mina Gold One, nos arredores de Joanesburgo, e o Sindicato Nacional dos Mineradores (NUM), um dos dois sindicatos envolvidos, afirmam que os mineradores estão "mantidos como reféns"

A Associação dos Mineradores e da Construção (AMCU) negou que estivessem detidos e afirmou que participavam de um protesto
       -  (crédito: Reprodução/MARCO LONGARI / AFP)
A Associação dos Mineradores e da Construção (AMCU) negou que estivessem detidos e afirmou que participavam de um protesto - (crédito: Reprodução/MARCO LONGARI / AFP)
postado em 24/10/2023 18:42

Mais de 500 mineradores sul-africanos ficaram presos debaixo da terra durante mais de 36 horas nesta terça-feira (24/10) devido ao conflito entre sindicatos rivais, informaram a polícia e os sindicatos. 

A origem e as circunstâncias do incidente não são claras: a gestão da mina Gold One, nos arredores de Joanesburgo, e o Sindicato Nacional dos Mineradores (NUM), um dos dois sindicatos envolvidos, afirmam que os mineradores estão "mantidos como reféns". 

No entanto, a Associação dos Mineradores e da Construção (AMCU) negou que estivessem detidos e afirmou que participavam de um protesto.

"Cerca de 567 membros do NUM estão sendo mantidos como reféns por supostos membros da AMCU", disse à AFP o porta-voz do sindicato NUM, Livhuwani Mamburu. Os mineradores deveriam ter retornado à superfície na manhã de segunda-feira, mas permaneceram na mina. Entre eles há quase 70 mulheres, disse Mamburu. 

A disputa diz respeito à representação sindical nessa mina de ouro, na qual o NUM é atualmente o único grupo oficialmente registrado. A AMCU afirma que a esmagadora maioria dos mineradores assinou a adesão ao seu sindicato, mas ainda não gozam de representação oficial, sendo esta, segundo a associação, a causa do protesto.

"Os trabalhadores não partirão até que tenham obtido os seus direitos de organização", declarou o secretário regional da AMCU, Tladi Mokwena. A polícia está "de prontidão" e monitora a situação de perto enquanto as negociações continuam, disse a porta-voz Dimakatso Nevhuhulwi. A administração da mina recusou-se a responder às perguntas da AFP.

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