O Exército israelense começou na manhã deste sábado (21/10) uma operação militar na Cisjordânia, país onde mora Saleh al-Arouri, segunda autoridade do Hamas, atrás apenas do líder Ismail Haniyeh. Em comunicado, as forças militares de Israel confirmaram a ação em Arura, a 180 quilômetros de Jerusalém. Dezenas de pessoas foram interrogadas, de acordo com testemunhas consultadas pela AFP.
O exército de Israel afirma que vinte membros do Hamas foram detidos na ação, que contou com a participação do Serviço de Segurança Interna da cidade. Entre os presos estão familiares de Ismail Haniyeh, acusado pelos israelenses de liderar vários ataques. Ele esteve em prisões por 20 anos, até ser liberado para se exilar no Líbano.
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O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, anunciou que o país se prepara para realizar mais ataques à Faixa de Gaza. “A partir de hoje intensificaremos os bombardeios”, afirmou. Ainda de acordo com o Exército israelense, as forças militares do país investirão em novas estratégias para o conflito, que poderão incluir ataques terrestres.
“Israel, que colonizou a Palestina, quer matar e oprimir todos os palestinos. Quer roubar todo o nosso território. E vai nos atacar, independente se a resistência palestina for violenta ou pacífica”, disse Ahmed Shehada, presidente do Instituto Brasil-Palestina, ao Correio.
Ajuda humanitária
Neste sábado, Gaza recebeu a primeira caravana de ajuda humanitária. Vinte caminhões vindos do Egito entraram na região por meio da passagem de Rafah, a única que não está controlada por Israel.
“Existe possibilidade de que amanhã mais ajuda possa chegar a Gaza”, disse Martin Griffiths, coordenador das operações humanitárias da ONU, ao ressaltar que os recursos enviados até o momento são insuficientes para atender aos feridos.
Ao todo, 4.385 pessoas morreram e 1.756 estão feridas em territórios palestinos em decorrência do conflito, de acordo com o Ministério de Saúde de Gaza.
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