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Gaza: 20 caminhões com ajuda humanitária chegam a Rafah

Cerca de 175 caminhões com suprimentos aguardam na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. No entanto, apenas 20 veículos foram autorizados a entrar no território

Nesta vista aérea, um comboio de caminhões que transportam ajuda humanitária entra na Faixa de Gaza vindo do Egito através da passagem de fronteira de Rafah em 21 de outubro de 2023       -  (crédito: MOHAMMED ABED / AFP)
Nesta vista aérea, um comboio de caminhões que transportam ajuda humanitária entra na Faixa de Gaza vindo do Egito através da passagem de fronteira de Rafah em 21 de outubro de 2023 - (crédito: MOHAMMED ABED / AFP)
postado em 21/10/2023 07:28 / atualizado em 21/10/2023 08:26

A ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza já começou a entrar na região neste sábado (21/10). Cerca de 175 caminhões com suprimentos aguardam na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. No entanto, apenas 20 veículos foram autorizados a entrar no território. Desde o dia 7 de outubro, quando o grupo Hamas atacou Israel, a Faixa de Gaza vivencia um cerco total, com a suspensão de água, alimentos, medicamentos e energia elétrica. 

"Este primeiro comboio não deve ser o último", afirmou o subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths. A liberação de ajuda humanitária à Gaza é uma reivindicação internacional. 

Segundo o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a situação na região, que é alvo de constantes bombardeios israelenses, está ficando "incontrolável". "Precisamos que a violência pare em todos os lados. A cada segundo que esperamos para introduzir ajuda médica, perdemos vidas. Precisamos de acesso imediato para começar a entregar material que pode salvar vidas", destacou Tedros.

Além disso, Tedros ressaltou sobre a importância da autorização da entrada de combustíveis na região. “O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização – e instamos Israel a adicionar combustível aos suprimentos vitais autorizados a entrar em Gaza”, disse o diretor geral da OMS, em coletiva de imprensa.

  • Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza
    Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza MOHAMMED ASSAD / AFP
  • Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza
    Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza MOHAMMED ASSAD / AFP
  • Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza
    Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza MOHAMMED ASSAD / AFP
  • Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza
    Pessoas no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah observam enquanto um comboio de caminhões transportando ajuda humanitária cruza para a Faixa de Gaza MOHAMMED ASSAD / AFP

Na sexta-feira (20/10), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, visitou a passagem de Rafah e destacou a urgência da chegada de ajuda humanitária na região. Segundo ele, os caminhões com suprimentos devem entrar “todos os dias para fornecer apoio suficiente ao povo de Gaza.”

Desde o início do conflito, mais de 4 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza. Em Israel, as mortes somam 1.400. 

Brasileiros na espera por resgate

O governo brasileiro negocia a abertura de um corredor humanitário e a autorização para a liberação da fronteira com o Egito para resgatar brasileiros que estão na zona de conflito. Dos 32 cidadãos brasileiros que aguardam para retornarem ao país, 16 pessoas — sendo quatro homens, quatro mulheres e oito crianças — foram deslocadas para Rafah.

Elas estavam alojadas na escola Rosary Sisters, no norte de Gaza, que está sob ataque israelense. Outras 16 pessoas — dois homens, cinco mulheres e nove crianças — são moradoras de Khan Yunis e aguardam a liberação em suas casas. A cidade fica a poucos quilômetros de Rafah.

 

 

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