Conflito Israel-Hamas

Egito diz que "não é responsável" por adiar ajuda humanitária à Gaza

Embaixador do país questionou as acusações ao Egito enquanto Israel fez "ataques direcionados e recusou entrada de ajuda" na Faixa de Gaza

Ondas de fumaça aumentam após um ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 16 de outubro. Bombardeios pioram crise humanitária -  (crédito: SAID KHATIB / AFP)
Ondas de fumaça aumentam após um ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 16 de outubro. Bombardeios pioram crise humanitária - (crédito: SAID KHATIB / AFP)
postado em 20/10/2023 11:41 / atualizado em 20/10/2023 11:42

O embaixador Ahmed Abu Zeid, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito, fez duras críticas contra o que ele chamou de "mídia ocidental" por responsabilizar o Egito pela demora da entrada de ajuda humanitária em Gaza. A entrada de cerca de 100 caminhões, prevista pela Casa Branca para esta sexta-feira (20/10), foi adiada para sábado (21).

No X (antigo Twitter), Zeid criticou os ataques da "mídia ocidental" ao Egito e a responsabilização do país pelo fechamento da travessia para Gaza. Para ele, há uma "segmentação do Egito" por alguns veículos do Ocidente na qual responsabilizam o Egito pelo deslocamento de civis e o fechamento da fronteira, "apesar de Israel (fazer) ataques direcionados e recusa de entrada de ajuda e insinuando recentemente a responsabilidade do Egito por obstruir a saída de nacionais de países terceiros".

Na sequência declarou também que "A passagem de Rafah está aberta e o Egito não é responsável por obstruir a saída de nacionais de países terceiros".

Entrada de ajuda humanitária em Gaza é adiada

Prevista pela Casa Branca para ocorrer nesta sexta-feira (20/10), a entrada de cerca de 100 caminhões com mantimentos básicos em Gaza deve ocorrer apenas no sábado (21/10) ou no domingo (22/10). A informação é do subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

O adiamento tenciona ainda mais o cenário de caos que atinge, na maioria, civis palestinos que estão nos locais, que sofrem bombardeios rotineiros de Israel, após o início da guerra com o ataque do grupo radical Hamas em território israelense em 7 de outubro.

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