O governo de Israel emitiu nota em que nega a autoria do ataque aéreo ao hospital Ahli Arab, em Gaza, nesta terça-feira (17/10), que deixou ao menos 500 mortos. A Força de Defesa do país diz não se responsabilizar pelo ataque, e afirma que o bombardeio, na verdade, foi uma tentativa “fracassada” da organização Jihad Islâmica Palestina (JIP).
"A partir da análise dos sistemas operacionais das Forças de Defesa de Israel, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido", disse ainda em nota. Já são mais de 500 mortos pelo bombardeio. Conforme o Estatuto de Roma, ataques deliberados contra hospitais configuram crimes de guerra.
O Ministério da Saúde dos territórios palestinos culpou Israel pelo ataque. O presidente palestino, Mahmud Abbas, declarou luto oficial de três dias e classificou o ataque como um “massacre”. Em nota, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também condenou o ataque. “Apelamos à proteção imediata dos civis e dos cuidados de saúde e à inversão das ordens de evacuação”, defendeu comunicado compartilhado pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori
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