JUSTIÇA

Júri dos EUA declara culpado policial branco pela morte de jovem negro

A família de Elijah McClain afirmou que ele tinha saído para comprar chá gelado e que frequentemente usava a máscara para se manter aquecido devido à sua anemia

O júri considerou o oficial Randy Roedema culpado por homicídio por negligência criminal -  (crédito: AFP)
O júri considerou o oficial Randy Roedema culpado por homicídio por negligência criminal - (crédito: AFP)
postado em 12/10/2023 23:33

Um policial branco foi considerado culpado nesta quinta-feira (12) no Colorado pela morte de um jovem negro desarmado que foi estrangulado e injetado com cetamina durante uma prisão em 2019.

O júri considerou o oficial Randy Roedema culpado por homicídio por negligência criminal, enquanto absolveu seu colega Jason Rosenblatt pela morte de Elijah McClain, que chocou os Estados Unidos e provocou pedidos de justiça.

McClain, de 23 anos, morreu em agosto de 2019 na cidade de Aurora, três dias depois de ter sido estrangulado pela polícia, sedado com cetamina e sofrido uma parada cardíaca.

A polícia o abordou em resposta a uma ligação sobre uma "pessoa suspeita" que usava máscara e caminhava "de maneira estranha".

Um policial disse que McClain, que estava desarmado, tentou alcançar a arma de outro policial, mas não havia evidências que respaldassem a alegação.

A família do jovem afirmou que ele tinha saído para comprar chá gelado e que frequentemente usava a máscara para se manter aquecido devido à sua anemia.

A morte de McClain ocorreu meses antes do assassinato de George Floyd em Minneapolis, que desencadeou em maio de 2020 uma reação em massa nacional com protestos contra a brutalidade policial nos Estados Unidos contra minorias, especialmente negros.

O Colorado apresentou acusações contra três policiais e dois paramédicos envolvidos no caso.

O policial que estrangulou McClain, Nathan Woodyard, será julgado em breve, informou a emissora local do Colorado, 9News.

Os dois paramédicos, Peter Cichuniec e Jeremy Cooper, enfrentarão julgamento em novembro.

"O veredito de hoje trata-se de responsabilização. Todos são responsáveis e iguais perante a lei", disse o procurador-geral do Colorado, Phil Weiser, após a decisão do júri.

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