Conflito

Parte dos brasileiros na Faixa de Gaza está abrigada em escola

De acordo com o governo, 28 brasileiros aguardam para serem repatriados. Desses, 13 estão abrigados em escola para evitar serem alvos de bombardeio

O plano é remover eles em dois ônibus que vão ser identificados com a bandeira do Brasil para evitar que sejam alvos de ataques -  (crédito: Belal Al Sabbagh/AFP)
O plano é remover eles em dois ônibus que vão ser identificados com a bandeira do Brasil para evitar que sejam alvos de ataques - (crédito: Belal Al Sabbagh/AFP)
postado em 12/10/2023 07:39 / atualizado em 12/10/2023 07:52

Uma parte dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza e que pediram ajuda ao governo federal para deixar a região ficará abrigada em uma escola. De acordo com o Itamaraty informou na noite desta quarta-feira (11/10), a medida é para evitar que eles sejam vitimas de bombardeios. Segundo a pasta, estão na escola 13 brasileiros. Os outros nacionais preferiram aguardar em casa. Segundo o governo, há negociações para que a escola não seja alvo de ataques. 

De acordo com embaixador Alessandro Candeas, representante do Brasil junto à Palestina, 28 brasileiros aguardam serem retirados da Faixa de Gaza. Dessas, 15 são crianças. O plano é remover eles em dois ônibus que vão ser identificados com a bandeira do Brasil para evitar que sejam alvos de ataques.

A ideia é retirar esses brasileiros pela cidade de Rafah, que faz fronteira com o Egito. A passagem, no entanto, tem sido alvo de bombardeios de Israel. Além disso, o Brasil ainda não conseguiu autorização do Egito para fazer o resgate. O ministro Mauro Vieira telefonou para o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, que prometeu ajuda.

Outro ponto de complicação é que a Faixa de Gaza está sem energia elétrica e os brasileiros correm o risco de ficar sem bateria no celular e, por isso, sem comunicação. Segundo o embaixador, os brasileiros estão economizando bateria para que isso não ocorra. 

Corredor humanitário 

Nesta quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma carta aberta em que pede ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas  (ONU), António Guterres a criação de um corredor humanitário para que crianças e mulheres possam sair da região atingida pelo conflito. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a proposta foi bem recebida por Guterres. 

 


 

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