O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone, nesta quarta-feira (11/10), com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan. Segundo o Palácio do Planalto, Lula afirmou ser necessário encontrar uma solução amigável para o conflito entre Israel e Palestina e evitar mortes, especialmente de civis, mulheres e crianças. "O diálogo abordou uma série de tópicos cruciais para a estabilidade da região e a busca por uma solução pacífica", informou em nota.
"Os dois líderes reconheceram a importância da ajuda humanitária de ambos os países e a necessidade de se concentrar em aliviar o sofrimento das comunidades afetadas pelos bombardeios recentes. Em um esforço para evitar uma escalada adicional da situação, concordaram em trabalhar em conjunto para promover a paz e a estabilidade na região", emendou.
Já o presidente Mohamed bin Zayed destacou a importância de líderes globais trabalharem em conjunto para conter a crise na região, expressou preocupações e desejou uma boa recuperação ao petista, que passou por uma cirurgia para colocação de prótese no quadril e uma blefaroplastia.
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Ainda segundo a assessoria palaciana, Lula parabenizou Mohamed bin Zayed pela ajuda humanitária aos palestinos e propôs uma colaboração intensificada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Em outubro, o Brasil assumiu a presidência rotativa do conselho pelo período de um mês.
Ambos discutiram ainda aprofundamento das relações bilaterais entre Brasil e Emirados Árabes Unidos, abordando questões de cooperação econômica, investimentos e parcerias estratégicas em diversos setores.
Por fim, o presidente Lula afirmou que a ida à COP28, em Dubai, no fim de novembro, será a primeira viagem após a cirurgia, e destacou ainda a relevância do evento no debate das ações climáticas globais e o compromisso do Brasil em contribuir para um futuro sustentável.
Repatriação
Por meio das redes sociais, o presidente Lula afirmou hoje estar orgulhoso pelo trabalho de repatriação de brasileiros realizado pelo governo brasileiro em meio ao conflito no Oriente Médio. Mais cedo, o presidente fez um apelo ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e à comunidade internacional, para que as crianças israelenses e palestinas, que foram feitas reféns no conflito entre o grupo fundamentalista islâmico Hamas e Israel, sejam libertadas.
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